A Polícia Civil do Distrito Federal apresentou na tarde desta segunda-feira (23/12) o verdadeiro assassino da assistente social Pedrolina Silva, 50 anos. Romulo Ramos Siqueira, de 24 anos, foi preso no último dia 17 apontado como do 32º feminicídio do ano em Brasília. O caso aconteceu em primeiro de setembro em um matagal próximo às margens do Lago Paranoá. Petrolina foi abordada em um ponto de ônibus, arrastada para o mato, estuprada e morta com um corte no pescoço.
A polícia chegou a apontar outro criminoso como assassino confesso, mas o material genético de João Marcos Vassala não foi compatível ao encontrado no corpo da vítima.
Segundo a delegada da primeira delegacia de polícia, Bruna Eiras a Polícia Civil seguiu com as investigações durante estes três meses. Outras provas técnicas ajudaram a identificar que Rômulo Ramos, que era vigia de uma cooperativa de reciclagem ligada ao Serviço de Limpeza Urbana (SLU), estaria de plantão no dia do crime. A empresa fica próximo ao matagal em que o corpo de Petrolina foi encontrado.
“Neste local onde ele trabalhava não tinha câmera de segurança, não tinha ponto eletrônico, nada que comprovasse que ele saiu ou entrou no trabalho. A área era de difícil acesso até mesmo para os policiais, então sabíamos que seria alguém que conhecia a região”, informou a delegada.
Ao ser confrontado em um primeiro momento Rômulo negou a participação no crime, mas também não colaborou com a investigação policial. Segundo a delegada, foi decretada então, a prisão preventiva, e o confronto do material genético do vigia. O resultado foi positivo para o material encontrado em Pedrolina.
À polícia, Rômulo disse que estava sob o efeito de cocaína no momento do crime, e que tinha a intenção de apenas roubar a assistente social. Mas após arrastá-la para o mato, tomou a decisão de estuprá-la e matá-la para que não fosse denunciado. A arma utilizada foi uma faca do trabalho.
De acordo com a delegada ele será indiciado por roubo, estupro e feminicídio. Se somadas as penas poderá pegar 50 anos de prisão.
Primeiro suspeito
João Marcos Massala também foi ouvido novamente pela polícia. Questionado do por quê teria assumido a autoria do crime, respondeu apenas “porque quis”, enquanto ria da situação.
(Correioweb)