• 13/08/2025

Campus Party oferece atrações gratuitas em Brasília até este domingo

A 17ª Campus Party Brasil (CPBR17), que realiza sua primeira edição nacional em Brasília até domingo (22), não tem atrações apenas para os chamados “campuseiros”, que compraram ingressos para a arena paga ou o tradicional campingO público em geral também pode conferir gratuitamente o que acontece na Arena Open, no anel externo da Arena BRB Mané Garrincha.

A organização do evento aguarda cerca de 150 mil pessoas nos cinco dias de Campus Party, entre 20 mil pagantes e visitantes. Uma delas é a estudante Alice Oliveira Diniz, de 11 anos, que, acompanhada do pai, participou de um workshop voltado a iniciantes sobre linguagem de programação de computadores em uma placa eletrônica, o micro-bit.

Alice aprovou a experiência e considera que a atividade se soma ao que aprende na escola. “Eu tenho uma aula de metamaker, onde aprendo fazendo algo com cerâmica, marcenaria e robótica, o que é bem legal! Agora, [na Campus Party] tive mais uma experiência tecnológica”.

O pai, Fernando Diniz de Carvalho, que é empresário do ramo de tecnologia da informação (TI), prioriza que Alice aprenda algo e não tenha contato com a internet apenas de modo passivo, vendo vídeos no celular.

“Tento que ela possa mexer com coisas que criam futuro, como a tecnologia e a programação. Para ela, eu penso sempre em esportes e coisas que requerem inteligência. E não apenas ficar assistindo vídeos”.

Leia também   'Divertida Mente 2': o que podemos aprender com as novas emoções que protagonizam o filme

 

Brasília (DF), 20/06/2025 - A estudante Alice Diniz e pai Felipe Diniz de Carvalho em um workshop sobre programação de computadores, participam do Campus Party. Foto: Daniella Almeida/Agência Brasil
 A estudante Alice Diniz e pai Felipe Diniz de Carvalho em um workshop sobre programação de computadores Daniella Almeida/Agência Brasil

Aprendizado em família

O analista de sistemas Paulo Pastore, que participou da primeira edição da Campus Party no Brasil, agora traz o filho, de 3 anos, para se familiarizar com tecnologias. Após jogar uma partida de futebol de robôs com o menino, Pedro Pastore, Paulo avalia que as inovações que surgem são um campo promissor, porém, é preciso ter doses de moderação.

“Tenho a preocupação com o uso de muita tela. Então, aqui, com a mão na massa, em um ambiente diferenciado, é bastante instrutivo para o Pedro, para ele gostar dessas coisas”.

Paulo Lenz, o fundador da empresa responsável pelas atrações em que as duas famílias brincaram, explica que o objetivo é despertar o interesse geral das pessoas pela robótica.

“Tudo aqui é para quem quer aprender não só sobre a área de programação, mas também sobre mecânica, eletrônica e matemática. Nossa intenção é que as pessoas consigam aplicar o que viram e entendam o quão legal, o quão divertido é isso, para, então, buscarem melhores resultados no futuro”, disse Lenz.

O empresário destaca que quem comparecer à arena aberta da Campus Party neste sábado (21) e domingo (22) têm acesso gratuito ao maior campeonato de batalhas de robôs da América Latina.

Leia também   Marca brasiliense veste Anitta no Rock In Rio

“A parte dos robôs de combate é o que mais chama a atenção do público. E ainda é possível guiar robôs que devem seguir uma linha; ver robôs da categoria tracking, como carros autônomos que navegam sozinhos por um percurso; e os de sumô, que têm que empurrar o adversário para fora do dojô. Vale a pena trazer a família toda, porque é diversão garantida, além de muito aprendizado.”

Printer Chef

Uma das arquibancadas mais disputadas da área gratuita é a que acompanha a bancada de chefs de cozinha que criam pratos a partir de alimentos produzidos em impressora 3D, com ingredientes comestíveis. William Oliveira, dono dessas impressoras levadas à Campus Party, que custam até R$ 80 mil cada uma, contou que os jurados do campeonato gastronômico se deliciaram com peças tridimensionais produzidas com queijo vegano de castanha de caju, batata e leite em pó.

William ressalta que os equipamentos têm outras funcionalidades que transcendem à gastronomia e têm uso na medicina regenerativa, por exemplo. “A plataforma é baseada para que o pesquisador use os 3Rs [da sustentabilidade – reduzir, reutilizar e reciclar]. A máquina faz a eletrofiação com uma técnica que envolve energias de tensões bem altas, que gera fios bem fininhos, nano e micrométricos, para gerar um tecido que, agora, tem a tecnologia integrada à área biomédica”.

Leia também   O tempo em infusão: redescobrindo a Casa de Chá aos 65 anos de Brasília

Neurociência

E quem disse que a neurociência dos laboratórios tradicionais não tem espaço na Campus Party? O estudante Leonardo Dias, de 9 anos, usou neurotransmissores para experimentar que a mente pode acender uma luz ou mover um objeto, sem controle remoto ou qualquer botão.

O menino não entende muito bem como a concentração fez o sabre de luz acender parcialmente. Só sabe que precisa de foco para a tarefa. “Gostei de concentração. A gente tem que ter foco. Vale para a vida, para você não se distrair com o que está ao seu redor. E, por exemplo, me ajuda nas aulas de matemática”.

O diretor da Campus Party Brasil, Tonico Novaes, explica que o evento tem áreas para todos os públicos, inclusive o Campus Kids, para a criançada soltar a criatividade, com uso de tecnologia e materiais recicláveis.

“São oficinas para a construção de um pinball maker ou para montar seu próprio robô. Há também o Explore o Projeto Sonoro, onde os participantes vão entender como funciona a acústica e montarão projetores com materiais simples.”

Para saber os horários das atividades da área gratuita da CPBR17 e acompanhar o que ocorre nos espaços do Estádio Mané Garrincha, os interessados podem acessar o site e as redes sociais do evento.

(Agência Brasil)

Read Previous

Inverno aumenta preocupação com vírus respiratórios

Read Next

CBF manifesta interesse em trazer Copa do Mundo de Clubes ao Brasil

error: Content is protected !!