Por Portal Exame
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, subiu 1,25 por cento em outubro, após alta de 1,16 por cento no mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira.
Segundo o IBGE, o resultado foi a maior variação para um mês de outubro desde 2002. No acumulado de 12 meses até outubro, o IPCA teve alta de 10,67 por cento, contra alta 10,25 por cento do mês anterior.
Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em outubro. O maior impacto (0,55 p.p.) e a maior variação (2,62%) vieram dos Transportes, que aceleraram em relação a setembro (1,82%). A segunda maior contribuição (0,24 p.p.) veio de Alimentação e bebidas (1,17%), enquanto a segunda maior variação veio do grupo Vestuário (1,80%).
“A gasolina subiu 3,10% e teve o maior impacto individual no índice do mês (0,19 p.p.). Foi a sexta alta consecutiva nos preços desse combustível, que acumula 38,29% de variação no ano e 42,72% nos últimos 12 meses”, informou o IBGE.
Destacam-se ainda os resultados de Habitação, com alta de 1,04% e 0,17 p.p. de impacto, e Artigos de residência, que variou 1,27%, contribuindo com 0,05 p.p. no índice do mês. Os demais grupos ficaram entre o 0,06% de Educação e o 0,75% de Despesas pessoais.
No última Boletim Focus do Banco Central, os analistas do mercado financeiro aumentaram de 9,17% para 9,33% a expectativa para a inflação de 2021. A projeção já está acima do dobro da meta central de inflação.