• 29/04/2024

Aneel deve anunciar reajuste na bandeira vermelha 2 nesta terça

Em meio à crise hídrica no país, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vai manter em setembro a bandeira vermelha 2 da conta de luz, em vigor desde junho. O novo valor da tarifa extra, hoje em 9,49 reais para cada 100 kWh consumidos, deve ser divulgado nesta terça-feira, 31, para valer a partir do próximo mês.

Veja também

MEIs podem contar com atendimento gratuito para regularizar dívidas

A expectativa é que a cobrança passe para algo em torno de 14 reais, um aumento de cerca de 50%. Até a semana passada, a agência calculava que seria preciso subir a taxa extra para cerca de 25 reais a cada 100 kWh até o fim do ano, mas o governo prefere um aumento menor por mais tempo.

Leia também   Sete estabelecimentos comerciais são interditados por descumprir normas sanitárias

O Ministério da Economia discute o que pode ser feito, tendo em vista o aumento da inflação, puxado em grande parte pelo custo da energia elétrica. Parte da equipe econômica sugere uma alta menor, entre 14 reais e 15 reais, mas que dure mais do que três meses.

Na última quinta-feira, 26, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse ter conversado com a Aneel e sugerido “moderação” no aumento. Em evento da XP, ele contou ter pedido para subir “um pouco mais, mas por mais tempo”, acima de três meses.

Leia também   Transações por Pix têm alta de 105% em 2022

Essa será a quarta vez que a Aneel aciona a bandeira vermelha 2. A agência aprovou um reajuste de 52% na bandeira vermelha 2 em junho. Naquele mês, o valor da tarifa extra foi de 6,24 reais para 9,49 reais a cada 100 kWh, já com o aviso de que deveria haver novos aumentos para cobrir os gastos com usinas termelétricas.

O cenário piorou, e agosto foi um dos meses mais críticos para os reservatórios, segundo a Aneel. “A perspectiva para setembro não deve se alterar significativamente, com os principais reservatórios do SIN (Sistema Interligado Nacional) atingindo níveis consideravelmente baixos para essa época do ano”, diz a agência.

Leia também   Hospitais de Campanha do DF são exemplos para o país

“Essa conjuntura sinaliza horizonte com reduzida capacidade de produção hidrelétrica e necessidade de acionamento máximo dos recursos termelétricos”, continua a Aneel, em comunicado. Com a falta de chuvas, o país enfrenta a maior seca dos últimos 91 anos.

O último boletim divulgado pelo Operador Nacional do Sistema (ONS) mostra que os reservatórios das usinas hidrelétricas do Sudeste e do Centro-Oeste, responsáveis por 70% da geração hídrica do Brasil, operam com apenas 22,7% da capacidade.

(Portal Exame)

Read Previous

Receita paga 4ª lote da restituição do Imposto de Renda 2021

Read Next

Governo envia ao Congresso Orçamento de 2022 sem reajuste no Bolsa Família