A mobilização dos profissionais da rede pública, aliada às ações da força-tarefa SOS DF Saúde, que permite, dentre outras coisas, maior abastecimento e reorganização de escalas, fez com que a Secretaria de Saúde atingisse, em 125 dias, a marca de 22.147 cirurgias realizadas – o que corresponde a quase 178 operações a cada 24 horas.
O secretário de Saúde do Distrito Federal, Osnei Okumoto, destaca que esse processo só está ocorrendo graças à determinação do governador Ibaneis Rocha em decretar situação de emergência na saúde pública e criar a força-tarefa para cirurgias. “Com isso, estamos conseguindo trazer alívio para milhares de pessoas que esperavam há meses, até mesmo há anos, na fila de cirurgias eletivas, que estão sendo realizadas além das emergenciais”, acrescenta Okumoto.
Em um ranking, o Hospital de Base foi a unidade de saúde que mais realizou intervenções. Por lá, as equipes fizeram 3.550 procedimentos. O centro cirúrgico do Hospital Regional de Sobradinho foi o segundo que mais produziu na rede, com 2.550 cirurgias – 1 mil a menos que o Base. A terceira unidade mais produtiva foi o Hospital Regional de Taguatinga, com 2.490 operações.
Uma das recém beneficiadas foi a moradora de Taguatinga e comerciante Fabiane Vilar, 44 anos, que passou por uma cirurgia bariátrica nesta segunda-feira (6), no Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Ela esperou pelo procedimento por quatro anos e meio na fila. “Eu estava com obesidade mórbida, então fui avaliada para fazer a cirurgia. Agora, me sinto realizada. Sei que não é uma solução, mas é um paliativo que vai me ajudar a ter o bem-estar que sempre quis”, comentou.
O quantitativo total corresponde ao resultado do trabalho desempenhado em 14 hospitais, dos 17 existentes na rede pública de saúde. As unidades que não fizeram parte deste compilado – Guará, São Vicente de Paulo e Apoio – não realizam procedimentos cirúrgicos.
Outra paciente que também passou por uma cirurgia recente no Hran foi Shirley Moreira, 38 anos. Ela foi diagnosticada em fevereiro com um cisto benigno entre o abdômen até sua área pélvica. “Os próprios médicos falaram que nunca tinham visto um cisto tão grande. Acabei ficando com a barriga enorme por causa dele. Foram oito horas na mesa de cirurgia e quase seis litros de líquido retirados de mim. Mas agora, graças a Deus, estou me sentindo melhor”, ressaltou.
Com a evolução da força-tarefa, a Secretaria de Saúde passará a divulgar o balanço de cirurgias mensalmente.
(Ascom SES)