As mulheres são maioria entre os beneficiários de programas sociais no Distrito Federal. São mães, avós, muitas delas chefes de família, que utilizam os recursos de programas como Prato Cheio, DF Social e Cartão Gás para sustentar os filhos. Esses três programas beneficiam 230.872 pessoas, sendo que 209.362 são mulheres, o que representa 90,68% do total.
Mirlei dos Reis é mãe solo e mora na casa de parentes na Estrutural. Além Bolsa Família, do governo federal, ela é beneficiária do DF Social e o Cartão Prato Cheio. “Com o crédito do Prato Cheio, posso comprar frutas, verduras, uma carne para garantir a alimentação do Moisés, fazer uma sopinha pra ele”, relata.
No programa Cartão Prato Cheio, um dos critérios de prioridade é justamente ser uma família monoparental chefiada por mulheres com crianças de até 6 anos. De 99.781 famílias ativas recebendo o Cartão Prato Cheio, 85.960 tem a mulher como responsável familiar, totalizando 86% do programa.
“A nossa rede de proteção social aqui no DF, hoje, é voltada principalmente para as mulheres, para as mães. Para uma mãe, é gratificante poder colocar comida em casa, poder proporcionar à família uma alimentação com frutas, verduras, com os produtos que os filhos gostam, como ocorre com o Prato Cheio”, destaca a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra.
As famílias beneficiárias do Cartão Prato Cheio recebem um crédito de R$ 250 por nove meses para a compra de alimentos no comércio local.
Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), gestora dos programas, no caso do DF Social, as mulheres representam mais de 93% dos beneficiários. Das 61.091 famílias contempladas, 57.258 tem uma mulher responsável familiar. O DF Social concede benefício mensal no valor de R$ 150 para as famílias com renda per capita de até meio salário mínimo inscritas no Cadastro Único.
Já no Cartão Gás, das 70 mil famílias contempladas, 66.144 são beneficiárias do sexo feminino, ou seja, mães, chefes de família. Isso representa mais de 94%. O benefício de R$ 100 é pago em parcelas bimestrais para a compra de botijão de 13 kg de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP).
Moradora do Varjão, Aline de Oliveira Ribeiro, mãe do pequeno Alexandre, de um ano, conta que o Cartão Prato Cheio teve papel fundamental para a família num momento de dificuldade. “Fui contemplada quando Alexandre nasceu. Meu marido teve que ficar comigo alguns dias no hospital, sem poder trabalhar. Estávamos sem dinheiro e o Prato Cheio foi excelente”.
“São mulheres em risco social, mães de famílias, a maioria que cuida dos filhos sozinha, que precisam desse suporte. A nossa equipe sabe a necessidade de planejar cada vez mais políticas públicas voltadas para a população feminina. Para essas mulheres, nossas beneficiárias, que são atendidas nas unidades socioassistenciais, e para as nossas servidoras que fazem com que esses benefícios cheguem às casas das famílias em vulnerabilidade social. É para vocês que desejo um feliz Dia das Mães”, finaliza a secretária Ana Paula Marra.
(Agência Brasília)