• 21/11/2024

Para alegria da criançada, 130 parquinhos reformados

Brinquedos enferrujados, alambrados esburacados e areia suja fazem parte de uma realidade nos parques infantis que ficou para trás. Agora, no Distrito Federal, as áreas de lazer utilizadas pela criançada têm atenção especial. Desde 2019, a união de forças de diferentes órgãos do GDF foi responsável por reformas em 130 parquinhos nas 33 regiões administrativas.

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Os reparos são feitos tanto pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), quanto pelas administrações regionais, que recebem ajuda de programas como o GDF Presente. Manutenções mais simples, como limpeza, capina, pintura e pequenos consertos, são feitas pelas próprias administrações, que podem incluir as ações no cronograma de serviços do GDF Presente.

As administrações, no entanto, não possuem orçamento nem pessoal para fazer grandes reformas, como substituição de brinquedos ou troca de alambrado. Assim, pedem ajuda para a Novacap, que também atua para consertar parquinhos. Ao receber o pedido das administrações, a empresa pública envia um técnico ao local para fazer uma vistoria e um orçamento dos serviços que podem ser realizados com mão de obra direta, ou seja, pelos próprios servidores da Novacap.

Desde 2019, já foram reformados 130 parquinhos infantis nas 33 regiões administrativas do DF

Em dois anos e cinco meses, a Novacap reformou 30 parquinhos e investiu cerca de R$ 200 mil para renovar os espaços. “Quando precisa fazer reparos em alambrados normalmente as administrações pedem nossa ajuda, pois não fazem serviço de serralheria”, conta o chefe da Divisão de Conservação e Reparos da Novacap, Pedro Paulo Carneiro Isaac.

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Pedro diz que, se a Novacap constatar que algum brinquedo está em situação crítica, causando riscos às crianças, o equipamento é retirado. Segundo ele, uma licitação está em curso para contratar, por cerca de R$ 26 milhões ao ano, uma empresa para fazer a manutenção nos mobiliários nas RAs, como em parquinhos, pistas de skate e quadras de esporte. Além disso, há outro processo licitatório sendo estudado para a compra de equipamentos de pontos de encontro comunitários e de brinquedos para parquinhos para a substituição e instalação de novos espaços.

Em Brazlândia, a administração regional vai investir R$ 100 mil na reforma e pintura dos 12 parquinhos da cidade | Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília

Pelas cidades

A equipe da administração de Águas Claras, por exemplo, realiza manutenções periódicas, com limpeza, capina, soldas de brinquedos e troca de alguns balanços nos parquinhos da cidade. Recentemente, 12 deles passaram por processo de troca da areia. Na Candangolândia, os parques infantis também estão passando por reformas.

Entre os serviços estão: pintura, conserto de alambrados e portões, troca de areia e substituição de brinquedos. A reestruturação visa melhorar os espaços públicos, proporcionando mais conforto e segurança para as famílias. As modificações já foram concluídas em quatro parques infantis da cidade e estão sendo feitas em outros oito espaços.

Os parques infantis de Brazlândia estão sendo totalmente reformados, levando mais lazer com conforto e segurança para as crianças, pais e mães da região. Os serviços estão sendo executados pela administração regional local, que vai investir cerca de R$ 100 mil na reforma e pintura das 12 estruturas existentes na cidade – duas delas já estão concluídas.

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No Cruzeiro, o administrador regional, Luiz Eduardo Gomes de Paula Pessoa, quer reformar os 36 parquinhos e 13 quadras poliesportivas da cidade. Desde setembro do ano passado, já foram realizados pintura e reparos em 13 parquinhos. As duas últimas obras beneficiaram os moradores que vivem nas proximidades das quadras 6 e 8, no Cruzeiro Velho.No começo de maio, a comunidade ganhou uma área de lazer de 1,6 mil metros quadrados completamente renovada na Quadra 1409 do Cruzeiro Novo. O espaço tem uma quadra de esportes, um parque infantil e aparelhos de ginástica e não passava por uma reforma completa há dez anos.

Recursos

Nem sempre as intervenções das administrações regionais exigem investimento. Normalmente, elas são feitas com recursos próprios, materiais doados pela comunidade e mão de obra das próprias administrações, da Novacap ou de reeducandos do programa Mãos Dadas, da Secretaria de Administração Penitenciária (Seape). Vez ou outra, emendas parlamentares financiam as melhorias.

Em São Sebastião, por exemplo, sete parquinhos foram reformados e, graças à parceria entre a administração e a própria comunidade, um espaço de lazer novinho foi construído para as crianças na quadra 103 do Residencial Oeste. Material que estava se deteriorando no pátio de obras da administração, como restos de ferro, pedaços de madeira e até peças de brinquedos velhas retiradas de parquinhos da cidade em outras gestões, foi reciclado e usado para construir o parque.

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“É a melhor coisa trazer as crianças ao parquinho, porque dentro de casa ficam no celular direto, uma brigando com a outra. Gostei muito e as crianças, muito mais”,  Valdete Gonçalves, 54 anos, autônoma | Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília

“Empresários da cidade doaram tinta, parafusos e materiais para soldar os brinquedos”, conta Alan Valim, administrador de São Sebastião. Assim, as sucatas viraram balanços, escorregadores e gangorras novinhos que fazem sucesso com a criançada desde a semana passada quando foi inaugurado. “É a melhor coisa trazer as crianças ao parquinho, porque dentro de casa ficam no celular direto, uma brigando com a outra. A gente pedia mesmo um parquinho com brinquedos infantis perto dessas árvores, é um lugar fresquinho. Gostei muito e as crianças, muito mais”, elogiou a autônoma Valdete Gonçalves, 54 anos, acompanhada da filha Beatriz, 10 anos, e da netinha, Maria, de 2 anos.

“É bom que o parquinho ficou debaixo das árvores, tem muita sombra para as crianças”, disse o cortador de mármore, José Marques, 36 anos, pai da pequena Alice de 5 anos. “Eu nem sabia que tinham feito esse parquinho, foi minha filha que tinha passado aqui e me contou. Viemos à noite, de dia, o tempo todo. Não tem lugar melhor para os meninos”, reforça.

(Agência Brasília)

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