Crianças de seis meses a menores de seis anos de idade e mulheres grávidas começam a ser vacinadas nesta quarta-feira (10), dando início à Campanha Nacional de Vacinação contra influenza. A imunização é uma das medidas mais efetivas para a prevenção da gripe grave e suas complicações. As vacinas utilizadas pelo Programa Nacional de Imunização (PNI), durante as campanhas, são constituídas por vírus inativados, fracionados e purificados. Portanto, são totalmente seguras e não causam a doença.
As vacinas influenza trivalentes utilizadas no Brasil contêm, obrigatoriamente, três tipos de cepas de vírus em combinação. A Vigilância Epidemiológica da Influenza, no Brasil, inclui uma rede de unidades sentinelas para a vigilância da influenza, distribuídas em serviços de saúde, em todas as unidades federadas do país, que monitoram a circulação do vírus por meio de casos de síndrome gripal (SG) e síndrome respiratória aguda grave (SRAG).
O Distrito Federal possui sete unidades sentinelas da gripe. São elas: Hospital Regional da Asa Norte (Hran), Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), Hospital Regional do Gama (HRG), Hospital Regional de Taguatinga (HRT) e Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), em que é preconizada a coleta de cinco amostras, por semana, de casos de síndrome gripal. Já as referências para os casos de pessoas com síndrome respiratória aguda grave internadas em UTI são o Hospital Santa Helena e o Hospital Brasília.
CASOS – No DF, em 2019, foram notificados 151 casos confirmados de SRAG, sendo a maioria por Vírus Sincicial Respiratório (VSR), com 113 ocorrências; seguido de adenovírus, com 11; metapneumovírus (9), parainfluenza 1 (6), parainfluenza 3 (5), H1N1 (4), coronavírus (1), Flu A não subtipado (1) e Flu A/H3 sazonal (1).
Ano passado, foram confirmados 639 casos. Dentre os principais vírus encontrados nas amostras de SRAG, o Vírus Sincicial Respiratório correspondeu a 54,3% (347/639) dos casos; 11,2% (72/639) por influenza AH1N1; 7,5% (48/639) por influenza AH3N2; e 3,1% (20/639) por influenza A não-subtipado. O vírus influenza B foi isolado em 0,9% (6/639) dos casos. Outros vírus (metapneumovírus, adenovírus, rinovírus e os vírus parainfluenza 1, 2 e 3) corresponderam a 22,8% (146/639) das amostras.
Em 2018, do total de 72 casos de SRAG do DF, positivos para influenza AH1N1, 15,2% (11/72) foram em menores de 1 anos de idade; 23,6% (17/72) nas crianças de 1 a 4 anos; 1,3% (1/72) nas de 5 a 9 anos; 4,1% (3/72) em pessoas de 10 a 14 anos; 15,2% (11/72) em adultos de 20 a 29 anos; 16,6% (12/72) de 30 a 39 anos; 8,3% (6/72) de 40 a 49 anos; 5,5% (4/72) de 50 a 59 anos; e 9,7% (7/72) em maiores de 60 anos.
OUTROS GRUPOS – De 22 de abril até 31 de maio, as doses serão disponibilizadas ao restante do público-alvo. Além das crianças e gestantes, devem se imunizadas as mulheres com até 45 dias após o parto, pessoas com 60 anos ou mais de idade, trabalhadores da saúde, professores das escolas públicas e privadas, povos indígenas, pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, os adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade em medida socioeducativa, a população privada de liberdade e os servidores do sistema prisional.
O Dia D de Mobilização Nacional está marcado para 4 de maio. Nesta data, 111 salas de vacinação no Distrito Federal estarão funcionando, das 8h às 17h, ininterruptamente.
(Agência Saúde)