• 05/05/2024

Será o WhatsApp o principal candidato a primeiro superapp do Brasil?

Sistema Financeiro Aberto foi lançado pelo Banco Central em março de 2022, com o objetivo de ampliar o sistema financeiro nacional. O Open Finance é uma evolução do Open Banking, que a partir de 2020 trouxe inovações como o Pix para a vida dos brasileiros.

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Para o fim de 2022, um estudo da PwC estimava que o Open Finance atingiria US$ 9,87 bilhões. Outro levantamento, da consultoria Oliver Wyman, revela ainda que o Open Finance tem potencial de ter até 60 milhões de usuários já em 2025.

O mecanismo deve acelerar ainda mais a expansão de superapps no Brasil. Graças a um ecossistema que suporta o fluxo de transações financeiras de forma livre entre os bancos e todas as outras empresas bancarizadas do mercado.

Nesse sentido, o WhatsApp é o aplicativo mais popular entre os brasileiros e há indícios de que ele caminha para se tornar um superapp no país. Isso muito em função do que se observou na China com o aplicativo de mensageria WeChat.

Modelo da China para o mundo

Há alguns anos o WeChat foi aberto para que terceiros criassem serviços diversos, muito além da comunicação instantânea à qual se propunha. O número de usuários então atraiu marcas de verticais variadas, transformando a plataforma quase que em um segundo sistema operacional dentro do smartphone Android ou iPhone dos chineses.

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Com o WeChat, os consumidores pedem comida, compram presentes, alugam bicicletas, fazem reservas em hotel, realizam pagamentos, transferências etc. Assim, em vez de abrirem outros apps específicos, os usuários e consumidores procuram os contatos das marcas dentro do aplicativo chinês.

E não foi à toa que o WeChat atingiu a marca de 1,1 bilhão de usuários, ou seja, praticamente todos os usuários de internet da China.

Foi justamente a partir da experiência do WeChat que surgiu o conceito de “superapp” para se referir a um aplicativo que atende os seguintes requisitos: ter uma massa crítica de usuários e  ser uma plataforma aberta com uma diversidade de serviços oferecidos por terceiros.

Brasil já se interessa pela tendência do superapp

No Brasil, não é incomum aplicativos de marketplace de comércio móvel, bancos digitais e até mesmo serviços de motoristas se autointitularem superapps em suas respectivas categorias.

Mas saindo do campo teórico e conceitual, o fato é que o WhatsApp que caminha na direção de se tornar o primeiro superapp no Brasil se considerarmos a comparação com o WeChat. Afinal de contas, ele está presente em 99% dos smartphones brasileiros e é o mais aberto ao longo do dia, de acordo com a pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box.

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Para muito além dos usuários, o aplicativo reúne também milhões de pequenos negócios no WhatsApp Business e, de um tempo para cá, passou a ser utilizado também por grandes marcas, especialmente para o atendimento ao público com robôs de conversação.

Com o serviço de mensagens já consolidado, o lançamento do Whatsapp Pay em 2021 só não explodiu porque foi ofuscado pela aderência massiva do brasileiro ao Pix. Mas isso pode estar com os dias contados.

Alguns rumores dão conta de que o WhatsApp Pay P2M, ou seja, de pessoa para o comércio, deve começar a funcionar ainda no primeiro semestre deste ano. O sistema vai ser, sem dúvida, disruptivo. O mercado que ele vai destravar é muito grande.

Isso porque você garante a conversão da venda para os negócios eletrônicos e torna o canal muito efetivo. O que se via por meio das experiências anteriores de compras pelo WhatsApp é que perdia-se a venda justamente no momento em que o usuário precisava sair do app para pagar.

Inicialmente o WhatsApp Pay P2M no Brasil deve ser liberado apenas para os pequenos e médios empreendedores, tão logo seja liberado para as grandes empresas, a promessa da entrada de grandes companhias no aplicativo pode atrair ainda mais o público.

É importante compreender que também vai ser necessário o apoio de participantes do ecossistema de pagamento que estão na plataforma da Meta para que isso se efetive. Como há grandes bancos por trás das empresas de liquidação de pagamentos, esses dois setores certamente vão massificar de forma exponencial na mídia, em canais abertos ou em mídia direta essas facilidades.

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As grandes corporações também serão como âncoras, mas isso será um movimento paralelo ao dos pequenos negócios. O fato é que serão essas âncoras que vão dar ainda mais robustez, segurança e responsabilidade ao WhatsApp Pay.

O que o futuro aguarda

O avanço em relação aos métodos de pagamento é a ponta do iceberg. A implantação de uma moeda digital pelo Banco Central avançou mais uma etapa de testes.

O Real Digital, a exemplo da moeda digital chinesa que foi implantada em 2020, deve promover uma mudança estrutural no comércio, e na forma como as pessoas se relacionam com métodos de pagamento, mas não só. Também vai atingir as relações entre governos e cidadãos, e também empresas.

Um fato é que a moeda digital não vai apenas reduzir o número de transações com papel moeda, mas impactar e coibir ações de falsificação, lavagem de dinheiro, financiamento ilegal e terrorismo, por exemplo. Mas isso é assunto para a terceira coluna sobre o mercado financeiro.

( Byte)

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