O TikTok não tem pretensões de se limitar apenas aos vídeos curtos de dancinhas. É o que indica um recente movimento da controladora ByteDace que, segundo o Insider, registrou em maio a marca “TikTok Music”, nos Estados Unidos, sinalizando que seu app deva se tornar um player para as as músicas que tanto fazem sucesso na plataforma.
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Justamente pelo fato de hoje o TikTok ser a plataforma dos grandes hits musicais, a guinada à seara do Spotify e Apple Music não surpreende e confirma que a trajetória da rede social é intrinsicamente ligada à indústria da música.
Além disso, a ByteDance acumulou alguma experiência no mundo do streaming ao lançar em 2020 o app de música Resso, no Brasil, Índia e Indonésia.
O Resso, que auxilia os usuários na escolha das trilhas sonoras para os vídeos, possui alguns dos mesmos recursos descritos no registro da marca “TikTok Music”, como a capacidade de criar listas de reprodução, compartilhar músicas nas mídias sociais e interagir com a comunidade do aplicativo.
O diferencial agora é que, ao expandir a marca, a ByteDance tem a chance de trazer usuários tanto da base do Resso quando do TikTok, algo similar ao que acontece no Brasil, onde a plataforma redireciona os usuários ao Resso para que eles possam ouvir a versão completa de uma música de seu interesse, um movimento que ajuda a manter os usuários dentro do ecossistema ByteDance.
Talvez ainda leve um tempo para o público experimentar ao TikTok Music, mas a nova marca deve movimentar os corrente na busca por mudanças. Ainda mais ao se levar em conta que, com o Resso, a ByteDance acumulou mais de 40 milhões de usuários mensais na Índia, Brasil e Indonésia, em novembro de 2021, um número que provavelmente crescerá.
No início deste ano, um relatório do Insider revelou que os usuários ativos mensais da Resso cresceram 304% entre janeiro de 2021 e janeiro de 2022 apenas na Índia, em oposição ao crescimento de 38% do Spotify no país durante o mesmo período de tempo.
(Portal Exame)