Um modelo elaborado por pesquisadores da Universidade Tufts, nos Estados Unidos, com adultos internados por covid-19 estimou quais são as causas mais prováveis de hospitalização.
De acordo com o estudo, os principais complicadores que aumentam o risco de internação são obesidade, hipertensão, diabetes e falha cardíaca.
O estudo foi publicado nesta quinta-feira, 25, no Journal of the American Heart Association e parte de uma simulação matemática para estimar a proporção de hospitalizações por covid-19 nos EUA que poderiam ter sido prevenidas caso não houvessem esses fatores de risco.
Combinadas, a ausência dessas condições na população americana teria reduzido a internação em casos de covid-19 em 64%. A obesidade é o fator mais relevante, com 30% das internações atribuídas ao fator de risco.
Segundo o modelo da Tufts, que usa dados de diversos outros estudos já feitos sobre a doença, uma redução de 10% na prevalência desses fatores de risco teria reduzido em 11% todas as internações decorrentes do coronavírus.
Foram analisados 906.849 hospitalizações que aconteceram nos Estados Unidos até novembro de 2020. Em termos epidemiológicos, a proporção descoberta pelos pesquisadores é a margem de hospitalizações que poderia ter sido evitada na ausência desses agravantes.
O modelo também levou a idade em consideração. Por exemplo, cerca de 8% das hospitalizações por covid-19 entre adultos abaixo de 50 anos eram devido a diabetes. Esse percentual salta para 29% para os que têm 65 anos ou mais. A obesidade teve um impacto igualmente negativo nas internações entre todas as idades.
“Médicos deveriam educar os pacientes que possam estar sob risco de covid-19 severa e considerar promover medidas preventivas, como melhoras na dieta e atividade física, a fim de melhorar a saúde cardiometabólica”, disse Meghan O’Hearn, uma das autoras do estudo.
(Portal Exame)