Marinésio dos Santos Olinto, 41 anos, assassino confesso de duas mulheres no Distrito Federal, foi indiciado pelo estupro de uma adolescente de 17 anos. O crime ocorreu em abril deste ano. A Polícia Civil também remeteu à Justiça a violência sexual praticada pelo cozinheiro contra outra vítima, de 42 anos, essa moradora do Paranoá. Neste caso, porém, não houve indiciamento e o caso foi encaminhado como relatório.
Segundo a delegada-chefe da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), Jane Klébia, apenas no episódio da menor de 18 anos houve elementos suficientes para apontar Marinésio como possível autor do estupro. Conforme a investigadora, os relatos da jovem coincidiam com o que as apurações revelaram.
“No caso da senhora, a situação foi mais complicada, pois ela disse que o caso não se consumou e fez um retrato falado descrevendo um homem negro. Ela reconheceu Marinésio quando o viu pela TV, mas, com toda essa insegurança e a comoção em torno do caso, ficou difícil fazer o indiciamento contra ele”, explicou a delegada. Isso não impede, conforme Jane ponderou, que o promotor e o juiz do caso intervenham e peçam a produção de novas provas.
Relato
Em depoimento, a jovem disse que Marinésio dirigia um carro vermelho, e não a Blazer prata, veículo que acabou ajudando a desvendar as mortes de outras vítimas dele: a diarista Genir Pereira de Sousa e a funcionária terceirizada do Ministério da Educação (MEC) Letícia Sousa Curado.
“Peguei o ônibus para ir ao Itapoã. Quando desci na parada, ele passou. Ficou me olhando e me abordou com uma faca. Disse que se eu não entrasse no carro, iria me matar. Me levou para a região dos pinheiros e me estuprou. Depois, pegou meu pescoço, me jogou para fora e disse que eu era um lixo”, contou a garota.