A vacina russa Sputnik V produzida no Brasil pela farmacêutica brasileira União Química começará a ser exportada para outros países da América Latina.
A informação foi divulgada nesta quinta-feira, 20, no perfil da Sputnik V no Twitter, em que os responsáveis pela vacina afirmam que o primeiro lote terminou de ser produzido na União Química.
O perfil afirma que “depois de controle de qualidade no centro Gamaleya, a vacina produzida pela União Química será exportada para outros países latino-americanos para lutar contra a covid-19”.
O Gamaleya, instituto russo responsável pela vacina, fechou no ano passado acordo com a União Químicapara produzir a Sputnik V no Brasil em meio às negociações para começar a usar o imunizante no país.
No Brasil, a vacina ainda está sendo analisada pela Anvisa, agência reguladora brasileira. No último pronunciamento sobre o caso, a Anvisa pediu aos fabricantes da Sputnik V mais dados sobre o imunizante.
A Sputnik V anunciou eficácia de 91,6% contra casos sintomáticos da covid-19 (se incluídos os assintomáticos, o número deve ser menor). Os dados, avaliados por pesquisadores independentes, foram publicados na revista científica The Lancet em fevereiro.
Países latino-americanos como Argentina, México, Paraguai, Venezuela e Bolívia já aprovaram o uso da vacina. A Argentina, em especial, foi o primeiro da região a começar a vacinar com o imunizante, ainda em dezembro passado — o presidente Alberto Fernández já foi vacinado com a Sputnik. Por ora, os países têm comprado doses prontas vindas da Rússia, mas uma exportação direta do Brasil poderia agilizar as campanhas de vacinação ao aumentar a oferta de doses.
No começo do ano, a União Química disse que planejava entregar 150 milhões de unidades da Sputnik V em 2021, incluindo com produção que seria feita internamente no Brasil, com IFA nacional no futuro.