• 06/05/2024

PGR apresenta mais 54 denúncias contra envolvidos em atos golpistas

Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou nesta segunda-feira, 23, ao Supremo Tribunal Federal (STF) mais 54 denúncias contra suspeitos de participação nos atos golpistas de 8 de janeiro. Até agora, a PGR protocolou ações penais contra 98 pessoas por envolvimento na invasão das sedes dos Três Poderes.

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A denúncia não significa que essas pessoas serão condenadas. Caso a Justiça aceite os pedidos, os denunciados passarão a ser considerados réus e serão julgados de acordo com a atuação de cada um no ocorrido. A PGR aponta terem sido cometidos dois crimes: de associação criminosa e de incitação à animosidade das Forças Armadas.

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As 54 pessoas listadas nesta segunda-feira fazem parte da terceira leva de denúncias da PGR. Os suspeitos foram detidos no acampamento em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília, e já passaram por audiência de custódia, quando foram presos preventivamente, e agora estão em unidades do sistema prisional do Distrito Federal.

A estrutura do acampamento garantia “perenidade, estabilidade e permanência” de centenas de golpistas em Brasília, diz a PGR. Segundo a denúncia, o local funcionava como uma espécie de vila, com área para refeições, feira, transporte, atendimento médico, sala para teatro de fantoches, massoterapia e até assistência religiosa.

A PGR entende que os envolvidos não podem ser denunciados por terrorismo, porque a lei prevê que, para se enquadrar nesse crime, as condutas devem ter sido tomadas por motivos de xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia ou religião.

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“Não faz parte dos tipos penais o cometimento de crimes, por mais graves que possam ser, por razões políticas”, explica o coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, Carlos Frederico Santos, que assina a denúncia.

Medidas cautelares

O MPF investiga quem planejou, executou, instigou e financiou os atos de 8 de janeiro e apurar se agentes públicos se omitiram na ocasião. Cada participante do ato deve ser responsabilizado de acordo com o crime que cometeu, “na exata medida de sua culpabilidade”, diz a denúncia.

O Ministério Público Federal (MPF) pede que a prisão preventiva seja substituída por medidas cautelares, como a proibição de acesso a redes sociais e de contato com outros investigados, além da garantia de que os denunciados ficarão a pelo menos 500 metros de distância de qualquer estabelecimento militar.

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As penas máximas para os dois crimes citados na denúncia não ultrapassam quatro anos de reclusão, de acordo com o Código de Processo Penal para imposição da prisão preventiva. Se o acampamento for desfeito e as medidas cautelares forem adotadas, não haverá mais necessidade de prisão preventiva, porque os denunciados não terão como comprometer a ordem pública ou colocar em risco a aplicação da lei penal.

(Portal Exame)

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