Por Agência O Globo
O Ministério da Saúde lançou a campanha de vacinação contra a gripe e o sarampo nesta segunda-feira. O primeiro grupo é o de idosos com mais de 60 anos e trabalhadores de saúde, que serão vacinados de 4 de abril a 2 de maio contra a gripe.
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De 3 de maio a 3 de junho, a vacinação contra a gripe será destinada a outros grupos, como crianças de 6 meses a menores de 5 anos, gestantes, puérperas, professores, pessoas com comorbidades, entre outros.
No total, o público-alvo é estimado em 76 milhões de pessoas. O governo federal afimou ter enviado mais de 80 milhões de doses do imunizante da gripe aos estados e ao Distrito Federal.
Crianças com idade entre 6 meses e menor de 5 anos podem tomar a dose do sarampo no mesmo dia da vacina contra a gripe. Crianças que nunca se vacinaram contra a gripe deverão tomar duas doses, com intervalo de 30 dias. Para os que já tomaram alguma dose de imunizante em anos anteriores, basta uma aplicação agora.
O lançamento da campanha foi feito em uma estrutura montada numa área aberta de um posto de saúde da Asa Norte, em Brasília. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, participou do evento sem máscara. Apenas ele e o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Hélio Angotti, não usavam o equipamento entre as seis autoridades presentes.
Queiroga colocou a máscara apenas no fim do evento, quando foi aplicar a vacina em cinco pessoas, como forma de marcar o início da campanha. No discurso, Queiroga não economizou em elogios ao presidente Jair Bolsonaro.
“O governo do presidente Jair Bolsonaro é um dos que mais investiram na saúde pública. E esse esforço foi transversal, não se restringe a uma campanha de vacinação”, disse Queiroga.
Ele afirmou ainda que a vacina da influenza custou R$ 1,2 bilhão, fazendo um paralelo ao dizer que é o mesmo valor do orçamento da Controladoria-Geral da União (CGU). Queiroga completou ressaltando que a CGU trabalha para livrar o país da doença da corrupção:
“Não há ministro nem auxiliar direto do presidente envolvido em corrupção.”
Queiroga ressaltou que o país sairá do estado de emergência em saúde pública por conta da covid-19 investindo cada vez mais em vacinação e fortalecimento da rede de saúde. Mas ele evitou dar previsão de quando irá declarar o fim da emergência.
O ministro também incentivou a vacinação para todas as doenças, dando como exemplo a circulação da poliomielite no mundo:
“Não podemos baixar a guarda. Se tem poliomielite em Israel, pode chegar ao Brasil. E nós sabemos como evitar.”