• 04/05/2024

Homem ofende chef de cozinha: “Sapatão. Negrinha. Safada”. Veja

A chef Nelly de Oliveira Alves, de 30 anos, filmou parte da agressão verbal que sofreu, ao lado da esposa, a funcionária pública Luiza Machado Oliveira, 28, de um homem identificado como Genivaldo Quirino dos Santos na tarde de quarta-feira (26/02/2020). O casal estava em um atacadão de Salvador quando o caso aconteceu.

As informações são do jornal Correio*, da Bahia.

Nelly relatou o episódio em um post no Instagram. Segundo a chef, elas estavam no Atakadão Atakarejo quando Genivaldo começou a assediá-la, passando a língua entre os lábios e olhando para o traje que ela estava vestindo, um short. A agressão com insultos lesbofóbicos e racistas começou quando Nelly questionou o homem, que, enfurecido, passou a ofendê-la. Veja:

A chef descreveu na postagem a situação e parte das ofensas. “Me chamou de sapatão, nigrinha, safada, descarada… Tratou eu e minha esposa de forma extremamente vexatória”, relatou.

Confrontado, o homem segue proferindo as ofensas, mas vira as costas e tenta escapar. As duas vítimas foram até policiais que estavam no estacionamento e relataram o episódio. O homem foi encontrado, detido e levado para a Central de Flagrantes, onde Nelly e Luiza fizeram um Boletim de Ocorrência (BO). “O caso foi tipificado como injúria, mas deve ser ajustado para homofobia. Estou bastante nervosa e nunca passei por algo parecido. É ridículo a mulher não poder colocar um short por medo do que vão achar. Nada vai pagar aquela vergonha”, desabafou Nelly à reportagem do jornal baiano.

O casal garante que vai processar o supermercado – por omissão, pois o gerente do estabelecimento teria alegado que não poderia fazer nada – e o agressor. “O gerente só pediu que parasse de chamar a atenção do mercado e eu continuei filmando. Muitos vão se perguntar o que o gerente poderia ter feito. No ato, ele falou que não podia conter. Então perguntei pra ele que se tratasse de um roubo ou furto se eles também ficariam omissos. Será que se eu estivesse na companhia de um homem esse senhor faria gestos com a boca e falaria assim comigo?”, questiona Nelly.

Em nota, o Atakarejo alega que “preza pelo respeito e segurança” dos clientes: “O Atakarejo informa que se ofereceu, a todo momento, para prestar qualquer ajuda. A rede não coaduna com nenhuma prática de discriminação social e racismo, preza pelo respeito e segurança dos seus clientes, ratificando isso através do seu código de conduta e procedimentos internos”.

(Metrópoles)

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