• 22/11/2024

Auxílio emergencial: 71% dos beneficiados usaram para comprar comida

No mês de abril, 68% dos brasileiros tiveram perda de renda, em decorrência dos aumentos de casos, mortes e internações pela covid-19. Foi também no último mês que o governo federal liberou a primeira parcela do auxílio emergencial a 45 milhões de brasileiros. Entre os que voltaram o benefício neste ano, 71% afirmaram que o dinheiro foi usado para comprar itens de alimentação, e 26% para o pagamento de dívidas.

Veja também

Butantan entrega mais 1 milhão de doses da CoronaVac

Os dados são da mais recente pesquisa EXAME/IDEIA, projeto que une Exame Invest Pro, braço de análise de investimentos da EXAME, e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública. O levantamento ouviu 1.230 pessoas entre os dias 4 e 5 de maio. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. Clique aqui para ter acesso ao relatório completo da pesquisa.

Leia também   Enem: candidatos têm até sexta-feira para pedir isenção de taxa

A situação é ainda pior para os jovens, de 18 a 24 anos. Nesta parcela da população, 74% usaram o auxílio emergencial para comprar comida. Entre aqueles que fazem parte das classes D e E, somam 77% os brasileiros que receberam o dinheiro e foram aos supermercados.

“Esses números corroboram a importância do auxílio para manter as pessoas em casa, com o mínimo de condições de sobrevivência. Há uma grande expectativa de que o auxílio só termine em dezembro. Somente 18% acham que o auxílio terminará em julho, como é previsto pelo governo. Então,  tem um potencial de perda de popularidade se as expectativas da população não se concretizarem”, diz Maurício Moura, fundador do IDEIA, instituto de pesquisa.

Leia também   Câmara pode votar projeto que dá direitos a entregadores durante pandemia

A piora da pandemia também impactou a economia no hábito dos consumidores. O levantamento EXAME/IDEIA mostra que 77% dos brasileiros mudaram de comportamento nas últimas semanas. E para 35%, deixar de frequentar shoppings e comércio foi a principal alteração. Outros 14% relatam que pararam de ir a restaurantes.

Desaprovação de Bolsonaro continua alta

O pagamento do auxílio emergencial costuma ter um efeito de melhorar a imagem do trabalho do presidente Jair Bolsonaro. Mas ao contrário de 2020, quando a concessão do benefício foi rapidamente capturada pela avaliação de desempenho, o movimento não se repetiu ainda este ano.

Leia também   Parcelamento de dívidas com o FGTS tem novas regras

A desaprovação continua alta, com 52%, sendo a segunda pior desde o começo do governo. A aprovação é de 24%, e os que nem aprovam nem desaprovam somam 22%. Em relação à quinzena anterior, os três percentuais variaram dentro da margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos.

(Portal Exame)

Read Previous

Saiba onde haverá vacinação contra a covid-19

Read Next

Alzheimer: Droga experimental mostra potencial contra doença