• 22/11/2024

Guedes vê queda do PIB de 4% em 2020, reforça apoio de Bolsonaro a teto de gastos

O ministro da Economia, Paulo Guedes, previu nesta segunda-feira uma queda de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) para o Brasil neste ano e reforçou que o time econômico conta com o apoio do presidente Jair Bolsonaro para manutenção do teto de gastos.

Oficialmente, a projeção do Ministério da Economia é de contração de 4,7% da atividade em 2020.

Em vídeo gravado para Cúpula da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, transmitida pela internet, Guedes disse que haverá luta pela manutenção do teto de gastos enquanto for necessário, reconheceu que há ministros que querem expandir as despesas públicas furando o mecanismo, mas pontuou que Bolsonaro “está claramente do nosso lado”.

“Se desindexarmos o Orçamento, se fizermos desobrigação, desvincularmos todos esses gastos e a classe política tomar controle do Orçamento novamente, como em qualquer outro país, poderíamos nos dar ao luxo de liberar esse teto”, afirmou.

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“Será uma grande luta (pela manutenção do teto), em alguns momentos há até luta interna, fogo amigo, pessoas aqui que querem gastar dinheiro e mandam sinais mistos para o mercado, isso é muito ruim, temos uma inclinação grande da curva de juros no momento”, completou.

Guedes disse que o país gastou 10% do PIB no combate aos efeitos da pandemia da Covid-19, “sem arrependimentos”, mas que as despesas ficarão restritas a este ano, com parte da conta sendo coberta com desinvestimentos.

“Nós temos que pagar as despesas extraordinárias com o coronavírus. É como uma guerra, temos que pagar pela guerra. Vamos desinvestir para pagar isso”, afirmou Guedes.

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“Acreditamos que o ‘crowding in’ dos investimentos estrangeiros será o principal eixo do crescimento nos próximos anos. Então temos concessões e privatizações em infraestrutura, em gás natural, em petróleo, em eletricidade, água e saneamento”, acrescentou o ministro, ressaltando que o país está aprovando marcos regulatórios para abrir o que chamou de “fronteiras de investimento”.

O “crowding in” refere-se ao aumento de investimentos pelo setor privado na esteira de gastos realizados pelo poder público.

CRÍTICAS EXAGERADAS

Ao citar os riscos apontados por investidores em vir para o Brasil, Guedes citou a questão ambiental e afirmou que as críticas que o Brasil recebe por “matar índios e queimar florestas” são exageradas e pautadas por aqueles que perderam as eleições.

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“Toda essa história de matar índios e queimar florestas é um exagero. Temos um ano e meio (de governo), não acredito que a Amazônia foi queimada em um ano e meio. Se há algo errado, esteve errado pelos últimos 30 anos”, afirmou o ministro.

Ele acrescentou que o país tem a matriz energética mais limpa do mundo e é o que mais recebe imigrantes, mais miscigena e melhor trata seus indígenas.

“Há uma narrativa pelas pessoas que perderam as eleições de que o Brasil está matando seus índios e destruindo florestas… mas estamos tentando nosso melhor”, afirmou.

(Reuters)

 

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