Notificações de casos de Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica sobe para 117 e pode estar associada ao novo coronavírus
O Brasil tem monitorado casos da rara e grave Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P) em crianças e adolescentes, com idade entre 7 meses e 16 anos. O objetivo é identificar se a síndrome está relacionada à covid-19, visto que, segundo a secretaria do Distrito Federal, a criança desenvolve uma resposta inflamatória sistêmica, manifestada após ter sido diagnosticada com o novo coronavírus ou ter tido contato próximo com caso confirmado da covid-19.
No Brasil, houve um aumento em cerca de 65% dos registros, saltando de 71 para 117 casos entre julho e 8 agosto, em oito estados e o Distrito Federal, segundo dados do Ministério da Saúde. Levantamentos independentes já chegam a considerar ao menos 142 casos. O número total é baixo se considerado os casos de covid-19, mas chama a atenção de especialistas e profissionais de saúde pela gravidade e a possibilidade de subnotificação. Até o último relatório nove óbitos foram notificados.
A maioria dos pacientes no Brasil têm até 4 anos de idade — foram 48 crianças dessa faixa etária. A doença também tem acometido mais os meninos, com 69 dos casos registrados pelo Ministério da Saúde.
A síndrome tem sintomas semelhantes à doença de Kawasaki, que tem o aneurisma coronário como uma das complicações mais temidas a longo prazo.
(Portal Exame)