Na terça-feira, o presidente russo Vladimir Putin anunciou que registrou a primeira vacina do mundo capaz de combater o coronavírus
O governo do Paraná e a Rússia assinaram um “memorando de entendimentos”, na tarde desta quarta-feira, 12, que abre caminho para o estado produzir a vacina Sputnik V, anunciada pelo governo russo como a primeira capaz de combater o coronavírus. O documento prevê que os testes da última fase também sejam realizados no Brasil.
Uma coletiva de imprensa foi convocada para às 16h30 em que serão dados mais detalhes do acordo.
A reunião, por videoconferência, contou com a presença do governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) e o embaixador russo no Brasil, Sergey Akopov. Técnicos do Ministério da Saúde também participaram do encontro.
O estado colocou à disposição o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) para realizar os testes e a produção da vacina. Está prevista ainda a transferência de tecnologia. Também será necessário o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, causou alvoroço no mundo na terça-feira, 11, ao anunciar que registrou a primeira vacina capaz de combater o coronavírus. Cientistas ao redor do planeta pediram cautela com a declaração russa por considerarem muito precoce ter uma vacina em um tempo tão curto. Além disso, pouco se sabe sobre os estágios de testes.
Técnicos do Ministério da Saúde disseram na terça-feira que ainda não havia provas de segurança e eficácia que justifiquem abrir negociações para a compra do produto com recursos do governo federal.
Há duas semanas, o governador Ratinho Junior conversou com o embaixador da China no Brasil, QU Yuhui, para negociar a produção da vacina do laboratório Sinopharm. O governo do estado já enviou para a Assembleia Legislativa uma emenda à LDO para o exercício de 2021 prevendo 110 milhões para a compra de vacinas contra a covid-19.
As outras duas vacinas que estão com as pesquisas mais aceleradas, a de Oxford e a do laboratório chinês Sinovac, podem ter o registro somente no fim do ano. Isso se todos os testes mostrarem resultados positivos na imunização e sem efeitos colaterais significativos.
(Portal Exame)