Conheça o método de emagrecimento que conquistou as famosas e pode ser realizado sem qualquer complicação
Polêmico e aparentemente eficaz para a perda de peso, o jejum intermitente tornou-se famoso entre celebridades como a atriz Deborah Secco, que utilizou o método para eliminar os quilos que ganhou durante a gravidez. Mas, ao contrário do que muitos pensam essa prática não é nenhuma novidade.
Segundo o especialista em nutrição otimizada e emagrecimento, Rodrigo Polesso, ela sempre foi algo comum entre as pessoas, só não tinha esse nome específico. Antes, era rotineiro ter duas ou três refeições por dia e nada mais. Hoje, é dito que precisamos comer a cada 3 horas ou até mais, dependendo do aconselhamento do profissional.
O profissional explica que, ao fazer o jejum intermitente, a técnica permite que o organismo tenha tempo de digerir as refeições de forma correta, queimando o açúcar e a gordura de má qualidade. Do contrário, se o corpo passa todo momento processando alimentos, ele sempre estará em estado anabólico e nunca conseguirá se reciclar.
E, afinal, o que é esse jejum intermitente?
Segundo Arlindo Fiorentin, estruturador do curso de Alimentação Generativa Ortobioenergética, o método mais usado é o chamado 16/8, que consiste em 16 horas de jejum, contra 8 horas de alimentação.
No período de 8 horas, não importa o número de refeições, nem a quantidade de alimentos ingeridos. Já no período de 16 horas, estão liberados o consumo de água, chás e café. Esse procedimento é indicado para principiantes que visam a maior perda de peso.
Mas, vale saliente que o melhor intervalo de ingestão e restrição calórica irá depender do perfil genético, hábitos alimentares atuais, rotina e resultados de diversos exames da pessoa. Existem intervalos que vão de 12 à 24 horas.
Benefícios
Ele previne doenças como a obesidade e o câncer, aumenta o tempo de vida, aumenta o nível de massa magra e melhora a composição corporal. Causa maior oxidação de gordura (queima), diminuição de colesterol LDL, redução dos níveis de insulina, modulação da inflamação e redução do estresse oxidativo.
Ainda gera uma melhoria da motilidade intestinal, redução da frequência cardíaca e pressão arterial, redução da leptina, redução de apetite e desejos por doces.
Quem pode fazer
É indicado para todas as pessoas que buscam melhoria na saúde geral. Porém, o jejum intermitente não é recomendado para indivíduos com histórico de distúrbios alimentares, grávidas, lactantes, crianças, pessoas com diabetes ou insulinodependentes e com distúrbios gástricos.
Idosos acima de 70 anos ou em circunstâncias de alto estresse, pessoas que realizam excesso de treino ou com necessidade de alta performance e pessoas que buscam o crescimento da massa muscular e ganho de peso, também não devem aderir ao método.
Como fazer jejum intermitente
Basicamente, no método 16/8, a pessoa pode fazer todas suas refeições dentro de uma janela de 8 horas por dia e passa 16 horas sem comer no total.
“Na prática, seria assim: você janta às oito da noite. Na manhã seguinte você pula o café da manhã e almoça ao meio dia. Dessa forma você passou 16 horas em jejum (contando a noite de sono). A partir do meio-dia, você poderia fazer todas suas refeições até às oito da noite, quando você teria seu jantar novamente. Esse modelo é flexível e pode ser adaptado para a rotina de cada um”, afirma Polesso.
O ideal é que, nos períodos de ingestão, haja uma dieta variada e equilibrada, com ingredientes saudáveis contendo todos os nutrientes essenciais. Nada de consumir besteiras ou calorias vazias.
E o mais importante: não é uma dieta!
Segundo Polesso, ao contrário do que muitas pessoas pensam, jejum intermitente não é uma dieta e, sim, uma reeducação alimentar. “Dieta é o que você faz nos momentos em que come, já o jejum ocorre justamente da ação de ficar períodos sem comer”, ressalta.
(Portal Terra/Alto Astral)