• 21/11/2024

Governador do DF quer reabrir e diz que tratará covid-19 como uma “gripe”

No mesmo dia em que decretou estado de calamidade pública pela pandemia da covid-19, o governador do Distrito Federal (DF), Ibaneis Rocha (MDB), disse estudar a reabertura total, até o começo de agosto, de bares, restaurantes, escolas e outras atividades. Em entrevista, Ibaneis afirmou que “restrições” já não servem para nada, pois se esgotou o “limite” da população. “Vai ser tratado como gripe, como isso deveria ter sido tratado desde o início.”

“Pedi para o pessoal fazer o estudo (para a reabertura). Até início de agosto eu deixaria tudo aberto. E nem seria com restrições, não. Restrição não serve mais para nada. Você não consegue mais fazer com que as pessoas fiquem em casa. O limite do isolamento já chegou. Ninguém fica em casa mais”, disse.

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Ibaneis afirma não temer aumento de casos e óbitos após a retomada de atividades. “Não adianta querer colocar nas minhas costas o sofrimento dos outros.” O número de internações no DF tem aumentado. Segundo dados do governo local, estão ocupados 91,32% dos 219 leitos de UTI para a covid-19 da rede privada. Já em hospitais públicos, 61,4% dos 500 leitos reservados estão ocupados.

“Tenho 200 leitos de UTI sobrando. Tenho 170 leitos na UTI que, se eu quiser, dou uma canetada, já combinado com eles, estou pagando, e coloco à disposição da população.”

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Segundo boletim do governo local, o DF tem 47.071 casos da covid-19 e 559 mortos. Ao declarar estado de calamidade pública, o governo admite precisar de mais recursos públicos da União para enfrentar a pandemia. Ibaneis, no entanto, disse que a medida foi meramente burocrática. O governador também elogiou o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, com quem disse que jantará hoje. “Pandemia é guerra. Guerra se trata com general. O general Pazuello tem de ser confirmado como ministro da saúde. Ele vai ser o maior ministro da história do Brasil”, afirmou.

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Para o governador, “houve falta de atenção no tratamento” da covid-19 no Brasil. “Essa doença foi tratada no início como se o Brasil fosse regionalizado. Totalmente equivocado. São Paulo é a porta de entrada de qualquer tipo de pessoa no Brasil porque tem o maior aeroporto do Brasil. Tinha de ser sido tratado de forma individual. O Rio tinha um carnaval que se aproximava com todos os estrangeiros que estavam chegando… Pegaram a doença e largaram ela por aí como se não fosse responsabilidade de ninguém.”

(Portal Estadão Conteúdo)

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