• 06/11/2025

7 fatos sobre a hérnia de disco

A hérnia de disco é uma condição que ocorre quando um dos discos intervertebrais — estruturas que funcionam como amortecedores entre as vértebras da coluna — se desloca ou se rompe, pressionando os nervos ao redor. Essa alteração pode causar dor intensa, formigamento, fraqueza muscular e, em alguns casos, dificuldade de movimento.

A hérnia de disco é mais comum na região lombar e cervical
A hérnia de disco é mais comum na região lombar e cervical Foto: Amnaj Khetsamtip | Shutterstock / Portal EdiCase

Mais de 5,4 milhões de brasileiros convivem com a hérnia de disco, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número pode ser ainda maior, considerando os casos não diagnosticados. Além disso, a condição é uma das principais causas de afastamento do trabalho no país, conforme dados do Ministério do Trabalho (MT).

Abaixo, os fisioterapeutas André Pêgas e Laudelino Risso, especialistas em reabilitação de coluna, destacam 7 pontos importantes sobre a hérnia de disco, das causas mais frequentes às opções de tratamento não cirúrgico. Confira!

1. A má postura é um dos principais gatilhos da hérnia de disco

Ficar longos períodos sentado de forma inadequada, apoiar-se mal ao dormir ou permanecer em pé por muito tempo são fatores que aumentam a pressão sobre os discos intervertebrais. Com o tempo, esse esforço excessivo pode gerar desalinhamentos na coluna e contribuir para o surgimento de hérnias.

2. A hérnia de disco é multifatorial

Na hérnia de disco, conforme André Pêgas, há também influência de fatores genéticos, já que algumas pessoas possuem discos mais frágeis. “A baixa ingestão de água, o consumo frequente de alimentos inflamatórios e o estresse crônico prejudicam a cicatrização natural do organismo e aumentam o risco de degeneração dos discos”, afirma.

3. A hérnia acontece quando um disco intervertebral se desloca ou se rompe

Os discos intervertebrais funcionam como amortecedores entre as vértebras. Quando sofrem um rompimento, o material interno, de consistência gelatinosa, pode vazar e pressionar os nervos, gerando dor, rigidez, formigamento e perda de força. As regiões mais afetadas são a lombar e a cervical.

O fisioterapeuta pode solicitar exames complementares, como ressonância magnética, para avaliar o paciente
O fisioterapeuta pode solicitar exames complementares, como ressonância magnética, para avaliar o paciente Foto: VesnaArt | Shutterstock / Portal EdiCase

4. O fisioterapeuta pode diagnosticar e tratar a hérnia de disco

Conforme o Código de Ética do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO), o fisioterapeuta tem autonomia para avaliar o paciente, elaborar o diagnóstico fisioterapêutico e instituir o tratamento adequado. “O fisioterapeuta pode solicitar exames complementares, como ressonância magnética e raio-x, e interpretar os exames e laudos, garantindo uma avaliação completa”, explica Laudelino Risso, fisioterapeuta e osteopata com formação pela Escola de Osteopatia de Madri e pela Harvard Medical School.

5. Tratamento conservador é eficaz na maioria dos casos

A reabilitação adequada é essencial para garantir uma recuperação eficiente e segura. Com o avanço das técnicas fisioterapêuticas, muitos pacientes conseguem voltar às suas atividades sem a necessidade de intervenção cirúrgica.

“O protocolo de reabilitação tem duração média de um a três meses e combina diferentes técnicas fisioterapêuticas”, explica André Pêgas, que completa afirmando: “Evita-se o risco cirúrgico, reduz-se o tempo de afastamento e o paciente retoma suas atividades com mais segurança”.

6. A cirurgia é indicada apenas em casos específicos

A intervenção cirúrgica é recomendada apenas em casos de sinais neurológicos graves, como perda de força nos pés ou mãos, formigamento na região perineal ou compressão medular.

7. Prevenir a hérnia de disco é melhor do que tratar

A prevenção envolve boa postura, hidratação adequada, atividade física regular e alimentação equilibrada. “Exercícios que fortalecem a musculatura, como pilates e treinos funcionais, ajudam a reduzir a sobrecarga sobre os discos e previnir novas lesões”, reforça Laudelino Risso.

Por Renata Sbrissa

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