• 08/10/2025

STF pede explicações sobre mudanças na Ficha Limpa

A novela sobre o possível retorno do ex-governador José Roberto Arruda ao comando do DF ganhou um novo capítulo.

Mesmo com as mudanças na Lei da Ficha Limpa, o STF ainda não decidiu se essas alterações vão permitir que políticos condenados voltem à disputa eleitoral.

Nesta segunda-feira (6), a ministra Cármen Lúcia deu cinco dias para que o presidente Lula (PT) e o senador Davi Alcolumbre (União-AP) expliquem o motivo das mudanças na lei.

O que está em jogo

A polêmica é a retroatividade da nova regra — ou seja, a possibilidade de a mudança beneficiar quem já foi condenado, como Arruda, Eduardo Cunha e Anthony Garotinho.

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O trecho que permitiria esse “perdão retroativo” foi vetado por Lula, mas há rumores fortes de que deputados e senadores podem derrubar o veto nos próximos dias.

Fontes em Brasília dizem que o acordo entre o Planalto e o Congresso já estaria costurado, abrindo espaço para o retorno de nomes conhecidos (e problemáticos) da política nacional.

STF quer explicações

A ação que questiona a mudança foi apresentada pelo partido Rede Sustentabilidade, que pede a suspensão imediata da nova regra.

Mas, cautelosa, Cármen Lúcia preferiu ouvir o governo e o Congresso antes de decidir se suspende ou não os efeitos da alteração.

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Arruda segue inelegível

Segundo especialistas em Direito Eleitoral, Arruda ainda está inelegível.

Se a eleição fosse hoje, ele não poderia concorrer ao governo do DF.

Mesmo assim, o ex-governador insiste em dizer que já está liberado para disputar em 2026 — repetindo a mesma estratégia usada em 2014, quando levou a candidatura até o último minuto e acabou beneficiando Rodrigo Rollemberg.

Política à brasiliense

Nos bastidores, o nome da vez é Ricardo Cappelli (PSB), apadrinhado por Lula, Geraldo Alckmin, Flávio Dino e Rollemberg.

Arruda e Cappelli chegaram a se encontrar em uma feira no Paranoá e Itapoã — com direito a abraços e fotos — o que reacendeu especulações sobre uma possível aliança.

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Uma chapa Arruda + Cappelli parece improvável, mas em Brasília a política vive de surpresas.

E como diz o ditado: esse filme a gente já viu antes.

 

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