• 01/07/2025

Em conferência da FAO, papa condena uso da fome como arma de guerra

O papa Leão XIV criticou nesta segunda-feira (30) o uso da fome como arma de guerra, em mensagem na 44ª conferência da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), que ocorre em Roma.

Na mensagem, o papa não se referiu especificamente à situação em Gaza ou à guerra entre Israel e o Hamas.

Leão XIV acrescentou que a Igreja Católica apoia “todas as iniciativas para pôr fim à indignação da fome no mundo” e citou o impacto do conflito na segurança alimentar.

“Assim, nesse tipo de conflito, os primeiros alvos militares tornam-se as redes de abastecimento de água e as vias de comunicação. Os agricultores são incapazes de vender os seus produtos em ambientes ameaçados pela violência, e a inflação dispara”, disse LeãoXIV.

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Para ele, essa situação faz com que um grande número de pessoas sucumba ao flagelo da fome e morra, “com a circunstância agravante de que, enquanto os civis definham na miséria, os líderes políticos enriquecem com os lucros do conflito”.

Segundo o pontífice, será um “erro fatal não curar as feridas e as fraturas causadas por anos de egoísmo e superficialidade”.

“Estamos assistindo com desespero ao uso iníquo da fome como arma de guerra. Matar pessoas à fome é uma forma muito barata de fazer
guerra”, afirmou o pontífice norte-americano.

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“Hoje, quando a maioria dos conflitos não é travada por exércitos regulares, mas por grupos de civis armados com poucos recursos,
queimando terras e roubando gado, bloquear a ajuda humanitária é uma tática cada vez mais utilizada por aqueles que procuram controlar
populações inteiras desarmadas”, afirmou.

“As crises políticas, os conflitos armados e a turbulência econômica desempenham papel central no agravamento da crise alimentar,
dificultando a ajuda humanitária e comprometendo a produção agrícola local, negando assim não só o acesso aos alimentos, mas também o
direito a uma vida digna e com oportunidades”, frisou.

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Da mesma forma, prosseguiu, sem paz e estabilidade, “não será possível garantir sistemas agrícolas e alimentares resilientes, nem assegurar um abastecimento alimentar saudável, acessível e sustentável para todos”.

(Lusa)

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