• 10/03/2025

Golpe do motoboy volta com novas táticas; veja como se proteger

Os golpes financeiros estão cada vez mais sofisticados, e um dos mais conhecidos, o golpe do motoboy, voltou a ser praticado com novas abordagens. Essa fraude, que tem como alvos preferenciais idosos e pessoas com pouca experiência digital, utiliza a falsa premissa de um problema bancário para enganar as vítimas.

Os criminosos ligam para as vítimas, fingindo ser funcionários do banco, e afirmam que o cartão foi clonado. O próximo passo é convencê-las a entregar o cartão a um motoboy, supostamente enviado para realizar uma perícia. Com o cartão em mãos, mesmo cortado, os golpistas conseguem acessar a conta da vítima e realizar transações fraudulentas.

Neste artigo, explicamos como esse golpe funciona, quais são as novas táticas utilizadas pelos criminosos e, o mais importante, como se proteger dessa armadilha.

Os criminosos atuam de forma estratégica para manipular a vítima e fazê-la acreditar que está em uma situação de emergência bancária. O golpe ocorre em três fases principais:

1. O primeiro contato: a falsa central bancária

O golpe começa com uma ligação telefônica de um suposto funcionário do banco. O criminoso se apresenta de forma profissional e informa que o banco identificou transações suspeitas na conta da vítima. O tom da conversa gera um senso de urgência, fazendo com que a pessoa fique assustada e mais vulnerável à fraude.

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2. O bloqueio do cartão e o pedido de entrega

Após convencer a vítima de que há um problema, o falso atendente solicita que ela digite sua senha no telefone para cancelar o cartão. Em seguida, orienta que o cartão seja cortado ao meio e entregue a um motoboy, que supostamente levará o objeto para análise e segurança.

No entanto, o chip do cartão continua funcional, mesmo após ser cortado, permitindo que os criminosos façam compras e saques até o limite da conta.

3. O prejuízo financeiro

Com o cartão e a senha em mãos, os golpistas realizam transações até que a vítima perceba o golpe. Muitas vezes, quando a pessoa entra em contato com o banco verdadeiro, os criminosos já causaram grandes prejuízos financeiros.

Quais são as novas táticas utilizadas pelos golpistas?

Com a popularização das fraudes bancárias, muitas pessoas já conhecem o golpe tradicional do motoboy. Para continuar enganando vítimas, os criminosos adaptaram suas estratégias:

Uso de tecnologia para falsificar números de telefone

Agora, os golpistas conseguem mascarar o número da ligação, fazendo com que pareça ser do banco verdadeiro. Isso aumenta a credibilidade da farsa e dificulta a identificação do golpe.

Aplicativos falsos e engenharia social

Em algumas variações do golpe, os criminosos orientam a vítima a instalar um aplicativo no celular para supostamente aumentar a segurança da conta. Na verdade, esses aplicativos são maliciosos e permitem que os golpistas acessem os dados bancários da vítima.

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Abordagem mais convincente

Os golpistas estão cada vez mais bem treinados para simular o atendimento bancário, utilizando jargões técnicos, termos financeiros e até mesmo mensagens automáticas para reforçar a autenticidade da fraude.

Como se proteger?

Diante da sofisticação desse golpe, é fundamental adotar medidas preventivas para evitar cair nessa armadilha:

1. Desconfie de ligações inesperadas do banco

Bancos não ligam para clientes pedindo dados sensíveis ou solicitando a entrega do cartão. Se receber uma ligação suspeita, desligue imediatamente e entre em contato com o banco por canais oficiais.

2. Nunca forneça sua senha ou código de segurança

Nenhum atendente bancário tem autorização para solicitar senhas ou códigos de acesso. Esses dados são sigilosos e não devem ser compartilhados com ninguém.

3. Não entregue seu cartão a terceiros

Caso seja orientado a cortar e entregar o cartão a um motoboy, desconfie imediatamente. Bancos não solicitam a devolução de cartões para perícia.

4. Confirme informações diretamente com o banco

Se receber uma ligação informando sobre transações suspeitas, ligue diretamente para o banco usando o telefone que consta no cartão ou no site oficial da instituição.

5. Cadastre notificações no celular

Ativar notificações de transações em seu aplicativo bancário permite que você monitore sua conta em tempo real e perceba qualquer movimentação suspeita rapidamente.

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6. Proteja seus dados pessoais

Golpistas obtêm informações básicas das vítimas por meio de redes sociais, vazamentos de dados ou cadastros online. Evite divulgar informações pessoais publicamente e fique atento a e-mails e mensagens suspeitas.

O que fazer se você foi vítima?

Caso tenha caído no golpe do motoboy, siga estes passos imediatamente:

  • Entre em contato com o banco e bloqueie o cartão e sua conta para evitar mais prejuízos;
  • Registre um boletim de ocorrência, preferencialmente na delegacia de crimes cibernéticos da sua região;
  • Monitore suas contas bancárias para verificar outras movimentações suspeitas;
  • Informe amigos e familiares para evitar que outras pessoas próximas caiam no mesmo golpe.

Conclusão

O golpe do motoboy é um dos mais aplicados no Brasil e, apesar de ser amplamente divulgado, continua fazendo vítimas. A principal estratégia dos criminosos é utilizar o medo e a urgência para manipular as pessoas.

Por isso, a melhor forma de se proteger é estar informado e adotar medidas preventivas para evitar cair nessa armadilha.

Se receber uma ligação suspeita sobre transações bancárias, lembre-se: desconfie, desligue e entre em contato diretamente com o banco.

(Portal Terra)

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