Com algumas cidades enfrentando mais de cem dias sem chuva, calor extremo e a seca sem precedentes, a umidade do ar no Brasil despencou para níveis comparáveis ao deserto do Saara. Desde o início do ano, o país enfrenta a estação seca mais prolongada já registrada.
Em estados como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais e Goiás, além do Distrito Federal, não chove consideravelmente há mais de cem dias.
O que é baixa umidade do ar?
A umidade do ar é o elemento climático que corresponde à quantidade de água contida na atmosfera no estado de vapor em uma determinada localidade no momento da sua medição.
A baixa umidade do ar refere-se a um nível reduzido desse vapor d’água na atmosfera. Quando essa quantidade é baixa, o ar pode parecer seco.
O que influencia a baixa umidade do ar?
Os fatores que influenciam a umidade do ar são aqueles responsáveis pelos processos de evaporação e de evapotranspiração. Entre eles:
Clima e geografia: Regiões áridas e semiáridas, como desertos, naturalmente têm baixa umidade.
Temperatura: O ar quente pode reter mais vapor d’água, mas se a temperatura cai, a capacidade do ar de manter a umidade também diminui, resultando em baixa umidade relativa.
Ar-condionado e aquecedor: Equipamentos que resfriam ou aquecem o ambiente podem reduzir a umidade relativa do ar, especialmente em ambientes fechados.
Precipitação: Baixa ou ausência de precipitação (chuvas, neve) reduz a umidade no ar. Em períodos prolongados de seca, a umidade do ar pode diminuir significativamente.
Ventilação e circulação do ar: Ventos fortes e correntes de ar também podem reduzir a umidade. Em locais onde o ar circula rapidamente, a umidade pode ser dispersa mais rapidamente.
Fatores locais: Atividades humanas, como a construção e a agricultura, também podem influenciar a umidade local do ar. Por exemplo, áreas desmatadas podem ter menor umidade relativa.
Como a baixa umidade do ar pode afetar a saúde?
A baixa umidade do ar pode afetar a saúde de várias maneiras, principalmente porque o ar seco pode alterar o equilíbrio natural do corpo e do ambiente. Entre alguns dos principais impactos na saúde estão:
Problemas respiratórios: O ar seco pode irritar as vias respiratórias, causando tosse, garganta seca, e exacerbar condições respiratórias como asma, bronquite e sinusite. A mucosa das vias aéreas pode ficar ressecada, tornando-as mais vulneráveis a infecções.
Desidratação da pele: A falta de umidade pode causar ressecamento e rachaduras na pele, que podem levar a desconforto e a condições como dermatite e eczema. Lábios secos e rachados também são comuns.
Olhos secos e irritados: O ar seco pode levar ao ressecamento das mucosas dos olhos, causando irritação, vermelhidão e sensibilidade à luz. Isso pode agravar problemas como a síndrome do olho seco.
Agravamento de condições alérgicas: A baixa umidade pode aumentar a concentração de poeira e outros alérgenos no ar, o que pode piorar os sintomas de alergias e asma.
Problemas na voz: A secura do ar pode afetar as cordas vocais, resultando em rouquidão e dificuldade para falar, especialmente para pessoas que usam a voz intensamente, como professores e cantores.
Impacto na saúde geral: Em ambientes secos, a desidratação pode ocorrer mais rapidamente, levando a sintomas como fadiga, dor de cabeça e confusão mental. A falta de umidade também pode afetar a qualidade do sono, contribuindo para o cansaço e a irritabilidade.
Efeitos sobre as infecções: Embora a baixa umidade não cause diretamente infecções, ela pode enfraquecer as defesas naturais do corpo e a função imunológica, tornando-o mais suscetível a resfriados e outras infecções.
Como se proteger da baixa umidade do ar?
Para se proteger da baixa umidade do ar e minimizar seus efeitos negativos, especialistas indicam estratégias básicas que podem ser adotadas no dia a dia.
Use umidificador: Coloque um umidificador em ambientes internos, especialmente em quartos e salas onde você passa muito tempo.
Mantenha-se hidratado: Beba bastante água ao longo do dia.
Use hidratantes na pele e lábios: Cremes e loções hidratantes ajudam a prevenir o ressecamento da pele.
Controle a temperatura do ambiente: Evite temperaturas extremas e o uso excessivo de aquecedores, que podem ressecar ainda mais o ar.
Ventile seu espaço: Garanta que os ambientes estejam bem ventilados para evitar a acumulação de poeira e alérgenos, que podem ser mais problemáticos em ambientes secos.
Cuide da alimentação: Consuma alimentos ricos em água, como frutas e vegetais, para ajudar a manter a hidratação do corpo.
(Portal Terra)