• 22/11/2024

Casos de conjuntivite explodem no inverno; veja como prevenir

Na próxima quarta-feira (20/6) entramos oficialmente no inverno, estação em que diversas condições de saúde se tornam mais frequentes – entre elas, está a conjuntivite viral. Para se proteger da doença durante os próximos meses, é importante adotar medidas de prevenção.

Casos de conjuntivite explodem no inverno; veja como prevenir
Casos de conjuntivite explodem no inverno; veja como prevenir Foto: Shutterstock / Saúde em Dia

De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier, o frio é o ambiente propício para a reprodução de diferentes cepas de vírus, como o adenovírus. Ele provoca alguns tipos de resfriados e a conjuntivite, inflamação da conjuntiva. Isto é, a membrana transparente que reveste as pálpebras e a esclera, parte branca dos olhos.

O especialista ressalta que o aumento da poluição no inverno causa olho seco, uma disfunção na quantidade ou qualidade da lágrima, que tem a função de proteger os olhos.

“Sem esta barreira contra as agressões externas, o vírus chega aos olhos por meio do ar, água, contato com secreção de uma pessoa resfriada ou da mão com os olhos após tocar em um objeto contaminado”, explica.

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Sintomas de conjuntivite

Os primeiros sintomas de conjuntivite costumam surgir pela manhã, ao acordar, e incluem:

  • Dor nos olhos;
  • Queimação;
  • Sensação de areia nos olhos;
  • Visão embaçada;
  • Secreção viscosa;
  • Pálpebras inchadas.

Além disso, quem está com a imunidade baixa também pode sentir os sintomas de um resfriado: tosse, coriza e dor de garganta.

Como é a transmissão da conjuntivite

Tanto a conjuntivite viral como a bacteriana são altamente contagiosas. A transmissão se dá pelo contato com a secreção dos olhos ou das superfícies tocadas pela pessoa contaminada.

Por isso, são uma importante causa de afastamento do trabalho e da escola. Além disso, evitar escolas, locais de trabalho e outros ambientes fechados é decisivo para se recuperar da condição e não aumentar o número de casos.

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Grupos com maior predisposição

Queiroz Neto afirma que todas as faixas etárias podem contrair a conjuntivite viral. No entanto, quatro grupos têm mais predisposição:

  • Crianças, pois muitas nunca tiveram contato anterior com o vírus e por isso não têm imunidade incorporada.
  • Jovens estudantes e trabalhadores que no dia a dia permanecem aglomerados em ambientes fechados.
  • Idosos, alérgicos, mulheres na pós-menopausa e pessoas imunodeprimidas, que têm maior deficiência de lágrima.

Estes grupos, explica Leôncio, podem desenvolver ceratoconjuntivite. A condição se caracteriza por infiltrados na córnea que causam áreas de opacificação, o que pode comprometer permanentemente a visão se não receber o tratamento adequado.

Tratamento

A conjuntivite viral geralmente dura duas semanas. Quando não há infiltrados, a indicação é instilar colírio lubrificante para diminuir o desconforto, explica o oftalmologista.

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Já em caso de ceratoconjuntivite, o tratamento é feito com colírio que contém corticoide. Esse caso, no entanto, exige o acompanhamento do oftalmologista para ser retirado aos poucos e não causar efeito rebote, salienta Leônio.

Além disso, segundo ele, um erro frequente no tratamento de conjuntivite viral é usar colírio antibiótico. Isso porque o antibiótico piora a condição e, se usado indiscriminadamente, provoca resistência ao medicamento.

Prevenção

Leôncio dá 9 dicas para prevenir a conjuntivite viral. Confira:

  1. Evite aglomerações em locais fechados;
  2. Mantenha os olhos lubrificados;
  3. Lave as mãos com frequência;
  4. Evite tocar os olhos com as mãos;
  5. Ao primeiro desconforto consulte um oftalmologista imediatamente;
  6. Pare de usar lente de contato até o olho estar completamente recuperado;
  7. Durma bem;
  8. Aplique compressa fria feita com gaze e água filtrada;
  9. Nunca compartilhe colírio, fronhas, toalhas e maquiagem.

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