O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai ser reunir com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, na manhã desta segunda-feira para discutir os últimos detalhes do programa que pretende baratear os carros populares. O encontro deve acontecer às 9h no Palácio do Planalto.
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A ideia do ministro Fernando Haddad é que o programa seja curto, com apenas poucos meses de duração. O governo vai antecipar a reoneração do óleo diesel para arrecadar cerca de R$ 3 bilhões e usar metade desse valor para baratear os carros populares, caminhões e ônibus mais ecológicos.
Do R$ 1,5 bilhão destinado ao programa, R$ 1 bilhão será usado para subsídio de caminhões e ônibus do padrão Euro 6, mais ecológicos. Os R$ 500 milhões restantes vão para baratear o carro popular.
A reoneração do combustível será feita em duas etapas: metade em setembro e a outra metade em janeiro. A estimativa do Ministério é arrecadar R$ 3 bilhões com a medida. Cerca de R$ 1,5 bilhão será usado no programa de redução de preços e o restante será destinado à redução do déficit primário.
O valor que será arrecadado com a volta da cobrança do imposto sobre o diesel vai compensar os créditos tributários gerados aos fabricantes de veículos. Por esse desenho, o consumidor terá uma redução no preço, e esse desconto será convertido em crédito tributário para a indústria. Esse crédito poderá ser usado pelas montadoras num segundo momento, para abater tributos devidos à União.
Bônus para baratear carros
O objetivo é que haja um bônus de R$ 2 mil a R$ 8 mil, que será abatido do preço do carro. A estimativa do Ministério do Desenvolvimento é de uma queda no preço final dos carros populares de até 10,96%. A medida valerá para veículos com valor final de até R$ 120 mil.
Foi definida ainda atrelar a política de barateamento do carro a um “pacote verde” do Ministério da Fazenda, para promover a transição energética. A iniciativa tem o objetivo de aliviar as críticas de ambientalistas ao programa do carro popular.
(Agência O Globo)