Neste domingo de Páscoa, 9, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicou um artigo no qual comenta sobre os primeiros 100 dias de governo. O terceiro mandato do petista chega à marca amanhã, 10.
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Feito para o Correio Braziliense, o artigo detalha medidas na área de saúde e educação, como os novos valores para o Bolsa Família e a volta do Mais Médicos; os investimentos na área de infraestrutura e o “cenário estarrecedor” deixado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
Lula descreve o novo arcabouço fiscal, formulado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), como realista, responsável e feito para “a roda da economia voltar a girar”, deixando de lado os atritos com o mercado financeiro e o Banco Central.
“[O novo arcabouço] mantém o equilíbrio das contas públicas e garante que os pobres estejam no orçamento”, descreve.
Na parte de infraestrutura, o presidente afirmou que R$ 23 bilhões serão destinados para obras em 2023, “mais do que o total investido nos últimos quatro anos”. Ele destaca que o programa prevê a retomada de 14 mil obras paralisadas pelo país, sendo 10 delas em creches e escolas públicas no DF, com recursos do FNDE.
A retomada da Faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida, destinada às famílias de baixa renda; o reajuste médio de 36% nos valores do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e o adicional de R$ 150 para cada criança de até seis anos no Bolsa Família também foram citados. De acordo com o texto, mais de 21 milhões de famílias já receberam os novos benefícios.
Povo Yanomâmi
Na frente de diversidade, Lula relembra a criação dos ministérios da Igualdade Racial, das Mulheres e dos Povos Indígenas, além da reorganização da Funai. O presidente descreve os últimos dois como “justiça aos primeiros habitantes deste país” e detalha as medidas feitas pelo governo para ajudar o povo Yanomâmi.
“Enfrentamos o genocídio do povo Yanomâmi, com ações emergenciais nas áreas de saúde e combate à fome, e a firme repressão ao garimpo ilegal“, escreveu. “Acabamos também com a liberação descontrolada de armas, que provocou o aumento dos casos de feminicídio e de acidentes domésticos envolvendo crianças.”
Legado de Bolsonaro
O presidente também alega que reverteu “um cenário estarrecedor” deixado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e identificado pelos quase mil especialistas dos grupos de transição. “Nestes primeiros 100 dias, priorizamos o que era inadiável”, escreveu ao final do texto.
“Os problemas herdados eram tantos e em tantas frentes que o termo “reconstrução” foi incorporado ao slogan do governo federal, precedido de outra palavra-chave: “união”. Não existem dois Brasis, o Brasil de quem votou em mim e o Brasil de quem votou em outro candidato. Somos uma nação”, escreveu.
(Portal Exame)