Por José Fernando Vilela
A reunião entre os deputados distritais e o ministro do STF e presidente do TSE, Alexandre de Moraes, relator do inquérito que investigar os atos antidemocráticos praticados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro na capital do País, nesta quarta-feira (29), trouxe à tona a posição do magistrado de não permitir a instalação de novos acampamentos nos quartéis do Exército. A informação foi repassada aos jornalistas pelo presidente da comissão parlamentar de inquérito da CLDF, o deputado Chico Vigilante, do PT.
Veja também
Lira quer mais deputados em comissões mistas para destravar MPs
O Expressão Brasiliense conversou com o distrital que descreveu como foi o encontro com Alexandre de Moraes na sede do TSE. Chico Vigilante destacou que o ministro enfatizou que não vai permitir a instalação de novos acampamentos nos quartéis.
“Ele disse que qualquer ato que pede a revogação da República, que incita militares a dar um golpe, é ilegal, inconstitucional e que ele não vai tolerar”, revelou o parlamentar. “Os que tentarem poderão ser presos em flagrante. Teve gente que tentou dizer para ele que aquilo (os atos) era normal, que era liberdade de expressão, só que a constituição não garante isso não”, pontuou Vigilante.
O presidente da CPI disse ainda que o ministro frisou que esses ‘acampamentos terroristas’ motivaram os atos antidemocráticos tanto no dia 12 de dezembro do ano passado, como os do dia 8 de janeiro deste ano.
Segundo Chico, o ministro relatou que as investigações estão avançando e que os financiadores, de grande e médio porte, já estão sendo identificados.
‘Inocente útil’
Outro ponto elencado por Alexandre de Moraes aos distritais é que entre os detidos muitos deles foram usados pelos bolsonaristas.
“São os chamados ‘inocentes úteis’. Só que para a Justiça eles cometeram crime também e vão responder”, finalizou o distrital.
Foto: Silvio Abdon/CLDF
(Expressão Brasiliense)