• 22/11/2024

Dia da Síndrome de Down: o que causa a trissomia do cromossomo 21?

Hoje, dia 21/03, é comemorado o Dia Mundial da Síndrome de Down. A data é oficialmente reconhecida pelas Nações Unidas desde 2012, e foi escolhida para representar a triplicação (trissomia) do 21º cromossomo que causa a síndrome.

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A Síndrome de Down (SD) é uma alteração genética presente na espécie humana desde sua origem. Foi descrita pela primeira vez em 1866, quando John Langdon Down se referiu a ela pela primeira vez como um quadro clínico com identidade própria.

Desde então, a medicina avançou consideravelmente nos conhecimentos acerca da síndrome de down, ainda que existam mecanismos da condição que ainda não são descritos pela ciência.

Já em 1958, o francês Jérôme Lejeune e a inglesa Pat Jacobs descobriram a origem cromossômica da síndrome, que passou a ser considerada genética. Por isso, vale destacar que a SD não é uma doença, e sim uma condição genética inerente à pessoa. No entanto, tem associação com algumas questões de saúde que merecem atenção desde o nascimento da criança.

Como explica a Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down (FBASD), a SD é resultado da presença de uma terceira cópia do cromossomo 21 em todas as células do organismo (trissomia). Isso ocorre na hora da concepção de uma criança.

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As pessoas com trissomia do cromossomo 21, têm 47 cromossomos em suas células em vez de 46, como a maior parte da população. Aliás, cromossomos são as estruturas biológicas que contêm as informações genéticas. Na espécie humana essa formação está distribuída em 23 pares, totalizando 46.

A Síndrome de Down em números

A Síndrome de Down também é a primeira causa conhecida de discapacidade intelectual. No total, ela representa aproximadamente 25% de todos os casos de atraso intelectual, traço presente em todas as pessoas com a síndrome.

Além disso, segundo o Ministério da Saúde, estima-se que no Brasil ocorra 1 em cada 700 nascimentos, o que totaliza em torno de 270 mil pessoas com Síndrome de Down; no mundo, a incidência estimada é de 1 em 1 mil nascidos vivos.

Cuidados especiais

A FBASD destaca que as crianças, os jovens e os adultos com Síndrome de Down podem ter algumas características semelhantes e estar sujeitos a uma maior incidência de doenças. Apesar disso, elas apresentam personalidades e características diferentes e únicas.

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De acordo com o Ministério da Saúde, existe um conjunto de alterações associadas à SD que exigem especial atenção. Além disso, necessitam de exames específicos para sua identificação. São elas:

  • Alterações oftalmológicas;
  • Alterações auditivas;
  • Problemas no sistema digestório;
  • Alterações do aparelho locomotor;
  • Alterações neurológicas, hematológicas e ortodônticas.

Estudos nacionais revelam também, alta prevalência de doença celíaca (5,6%) em crianças com SD que, em caso de suspeita, necessitam acompanhamento.

No caso de bebês e crianças com Síndrome de Down, é fundamental o acompanhamento desde cedo. Devem ser feitos diversos exames para diagnosticar o quanto antes quaisquer anormalidades cardiovasculares, gastrointestinais, endócrinas, auditivas e visuais. Muitas vezes, o tratamento precoce pode até impedir que esses problemas cheguem a afetar a saúde do indivíduo.

Além disso, crianças com SD precisam de estímulos esde o nascimento para que sejam capazes de vencer as limitações que essa alteração genética lhes impõe. Como têm necessidades específicas de saúde e aprendizagem, exigem assistência profissional multidisciplinar e atenção permanente dos pais. O objetivo deve ser sempre habilitá-las para o convívio e a participação social.

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Os tabus que cercam a SD

É importante esclarecer que o comportamento dos pais não causa a Síndrome de Down. Não há nada que eles poderiam ter feito de diferente para evitá-la, destaca a FBASD. Não é culpa de ninguém. Além disso, vale reforçar que a SD não é uma doença, mas uma condição genética, que exige atenção desde o nascimento.

As pessoas com Síndrome de Down têm muito mais em comum com o resto da população do que diferenças. Pacientes com a síndrome podem alcançar um bom desenvolvimento de suas capacidades pessoais, além de avançar em realização e autonomia.

A pessoa com Síndrome de Down é capaz de sentir, amar, aprender, se divertir e trabalhar. Ela poderá ler e escrever, deverá ir à escola como qualquer outra criança e levar uma vida autônoma. Em resumo, poderá ocupar um lugar próprio e digno na sociedade.

Fonte: Ministério da Saúde e Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down.

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