• 10/05/2024

Ibaneis Rocha disse que a primeira medida adotada após invasões às sedes dos três poderes foi dar ordem para que prendessem os ‘vagabundos’

Por vontade própria, o governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, do MDB, esteve na Polícia Federal, na sexta (13), para dar depoimento sobre a atuação do governo do DF durante as invasões e atos de vandalismo e depredação praticados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, no dia 8 de janeiro, no Congresso Nacional, no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Palácio do Planalto.

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À PF, Ibaneis contou como foi a sequência de ações executadas pelas forças de segurança do DF, sob o comando do então secretário de Segurança Pública em exercício, o delegado Fernando de Souza, até culminar na intervenção federal decretada pelo presidente Lula, do PT.

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Em seu depoimento, o governador afastado destacou que foi municiado, no decorrer de toda a operação, por informações que partiam do então secretário de Segurança e que, segundo o delegado, tudo transcorria tranquilamente, pois a manifestação estava sendo acompanhada e monitorada pelas forças de segurança da capital federal.

Diante da situação de normalidade, Ibaneis Rocha descreveu que passou a acompanhar as movimentações pela TV e que ao ver as invasões e atos de vandalismo e depredação às sedes dos três poderes, ele deu ordens para que todo o aparato policial entrasse em ação e que prendessem os envolvidos.

“Determinou ao secretário de Segurança em exercício “coloca tudo na rua” e na sequência ainda disse “tira esses vagabundos do congresso e prendam o máximo possível”, diz um dos trechos do depoimento de Ibaneis Rocha à PF obtido pelo Expressão Brasiliense.

De acordo com as declarações de Ibaneis, enquanto a PMDF, por meio do Batalhão de Choque e da polícia montada, agia na Esplanada dos Ministérios para controlar a situação, ele determinou a exoneração de Anderson Torres, pois “perdeu a confiança no seu então secretário”.

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Sabotagem

Sem querer generalizar, Ibaneis Rocha disse que ficou revoltado ao ver as imagens de alguns PMs “confraternizando com manifestantes”.

“Houve algum tipo de sabotagem que a investigação ora desenvolvida deverá esclarecer”, disse em seu depoimento.

No final, Ibaneis reiterou que nunca integrou ou foi conivente com grupos criminosos que praticaram os atos de vandalismo e que ele respeita o resultado das urnas e a Justiça Eleitoral como um todo.

Ibaneis Rocha permaneceu na PF por cerca de três horas e seu depoimento foi acompanhado por seus advogados.

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(Expressão Brasiliense)

 

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