A China pediu hoje (5) à Organização Mundial da Saúde (OMS) que adote uma postura “justa” em relação à covid-19, depois de a organização ter criticado a avaliação de Pequim sobre a pandemia.
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O país suspendeu sem aviso prévio, no início de dezembro, a maioria de suas medidas contra a doença, que permitiam que a população ficasse amplamente protegida do vírus desde 2020.
Desde então, enfrentou o pior surto de casos, com hospitais e crematórios sobrecarregados.
No entanto, as autoridades relatam poucas mortes relacionadas à covid-19, após polêmica mudança na metodologia de contabilização dos casos.
“Os números atuais, divulgados pela China, não representam o verdadeiro impacto da doença em termos de internações hospitalares, em cuidados intensivos e, principalmente, em termos de mortes”, afirmou, nessa quarta-feira Michael Ryan, responsável pela gestão de emergências de saúde da organização.
“Esperamos que a OMS mantenha uma posição baseada na ciência, objetiva e imparcial e desempenhe papel ativo na resposta global aos desafios da epidemia”, disse à imprensa uma porta-voz da China. O país partilhou “informações e dados relevantes” sobre a epidemia e manteve “estreita cooperação” com a OMS.
A partir de agora, apenas as pessoas que morreram diretamente de insuficiência respiratória ligada à covid-19 são contabilizadas nas estatísticas chinesas.
A China, que tem 1,4 bilhão de habitantes, registrou apenas 23 mortes por covid-19 desde dezembro, apesar da onda de contaminação sem precedentes há três anos no país.
(RTP)