Destaque DF Por José Fernando Vilela – Expressão Brasiliense
Até as eleições de 2018, o advogado Luis Felipe e sua mulher, Paula Belmonte, eram meros desconhecidos da população do Distrito Federal. Com a eleição de Paula para deputada federal, o casal Belmonte passou a figurar como a grande surpresa da política brasiliense, pois Paula, que nunca havia concorrido a um cargo eletivo, chegou desbancado velhas raposas e o marido surgiu logo como primeiro suplente de um senador eleito, no caso, Izalci Lucas, do PSDB, a quem até dias poucos atrás eles chamavam de ‘amigo’.
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A façanha dos Belmontes causou inveja em muita gente que tenta há anos se eleger para um cargo no legislativo, seja para distrital ou para federal. A campanha de Paula Belmonte foi uma das mais caras da história e, de acordo com relatos, recur$o$ financeiros não faltaram aos seus apoiadores no decorrer do pleito eleitoral.
Neófita na #política, assim como seu esposo, Paula Belmonte, ao assumir seu cargo na Câmara dos Deputados, começou a participar de debates e a se posicionar sobre temas que foram aumentando a sua visibilidade. Com o tempo, a população do DF passou a conhecê-la.
Aproximação com o Executivo
No decorrer do mandato de Paula, o casal Belmonte atirou para todos os lados. Inicialmente, eles buscaram se aproximar do atual governador do DF, Ibaneis Rocha, do MDB, mas não prosperou. O emedebista tratou logo de se livrar deles ainda nos primeiros meses de sua gestão.
Depois, os Belmontes tentaram se aliar aos Bolsonaros, inclusive, prometendo criar um partido para que o chefe do clã e presidente da República pudesse ser a estrela máxima e dispusesse de uma legenda para acomodar seus apoiadores. Não deu certo. O tal Aliança pelo Brasil até hoje não saiu do papel e as relações entre eles e a família presidencial azedaram.
Espaço no Legislativo
Após as frustradas investidas com os chefes dos Executivos, o casal conseguiu criar laços de afinidade com alguns líderes do Congresso Nacional foi conquistando espaço no Legislativo. Paula Belmonte ganhou status de líder dentro de seu partido, o Cidadania, e Luis Felipe até conquistou a posição de dirigente partidário.
O casal Belmonte foi se estabelecendo e com a chegada de uma nova eleição, eles passaram a ser cortejados por grupos políticos. Talvez esse desejo marchar ao lado dos Belmontes ocorra devido a fama que eles têm na praça de serem bastantes genero$o$ com seus apoiadores.
Descartados pelos ‘amigos’
No entanto, toda essa movimentação e articulação de Luis Felipe e Paula Belmonte não foram suficientes para garantir um lugar ao sol na política brasiliense e eles chegassem no momento mais importante das negociações políticas para fechar as alianças, as convenções, e ditassem as regras do jogo.
Os Belmontes foram escanteados pelo ‘amigo’ Izalci e pelo ‘admirável’ senador Reguffe, do União Brasil. O tucano Izalci Lucas não dormiu no ponto e tratou de amarrar sua pré-candidatura ao GDF com a cúpula da Federação PSDB-Cidadania. Enquanto isso, Paula Belmonte caiu na isca e ficou dando chilique nas redes sociais.
Já Reguffe, que meteu o pé na bunda do Podemos por não ter recursos para bancar sua candidatura ao GDF e ingressou no milionário União Brasil, resolveu dar uma banana para Paula Belmonte e escolheu Paulo Roque, do Novo, para concorrer ao Senado em sua chapa, cargo que a deputada desejava pleitear nas eleições deste ano.
O resultado dessas articulações malfeitas é que Paula Belmonte agora virou a ‘sem condições emocionais’ e destemperada da política brasiliense e Luis Felipe o dono de um partido, o PSC, que não tem nada para oferecer a seus aliados. Ou seja, o casal Belmonte pecou pelo amadorismo e pela arrogância e soberba ao acreditar que política se faz apenas com genero$idade$.
Pelo andar da carruagem, eles vão entrar para o hall dos políticos de um só mandato. De nada adiantou eles contratarem ‘assessores e profissionais’ oriundos da velha política, pois esses mesmos colaboradores acabaram prejudicando a performance do casal, que deve ficar chupando dedo ou voltar a ajudar o velho ‘amigo’ Izalci se não quiser sair de cena. Vamos acompanhar.
