Os pets estão cada vez mais presentes nos lares das famílias brasileiras e a pandemia impulsionou a adoção de animais de estimação. De acordo com a pesquisa Radar Pet 21, cerca de 30% dos entrevistados se tornaram tutores dos animais neste período.
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Nos primeiros meses da crise sanitária, um levantamento realizado pela União Internacional Protetora dos Animais (UIPA) revelou que a adoção de animais cresceu 400%. Com o crescimento do número de pets nos lares brasileiros, a preocupação com a segurança deles só aumenta.
Com o avanço da tecnologia, já existem diversas soluções para que os tutores não precisem passar pela angústia de perder um pet, como aconteceu com Stefany Cadamuro Fernandes.
Em maio deste ano, Tyson, o cachorro da veterinária, fugiu pelo portão de sua casa, enquanto ela estava fora, porém, felizmente, ela estava cadastrada no aplicativo PUPz, que a notificou que seu cão havia fugido e já tinha sido encontrado.
O aplicativo usa biometria facial para conectar tutores a pessoas que encontrarem os pets pelas ruas. “Recebi uma notificação no app de que o Tyson havia sido encontrado e que estava com um tal de Bruno. O app também alertava que ele havia sido encontrado em um açougue, então comecei a conversar pelo chat para ir na localização indicada”, conta Stefany.
“Cheguei em 4 minutos no local, onde algumas crianças estavam já me esperando com o Tyson no colo. Após uma breve conversa com elas, me disseram que entraram em contato com o aplicativo por conta da coleira que o Tyson estava utilizando”, complementa a tutora do cãozinho de um ano.
O Pupz é gratuito para Android e iOS e já reúne 2,5 mil usuários cadastrados — sem contar aqueles que acessam a plataforma via navegador, sem fazer cadastro. O sistema, que opera há aproximadamente um ano, já contabilizou cerca de 4 mil conversas.
Como esses chats são usados para trocar informações sobre pets perdidos, estima-se que esse seja o número aproximado de cães e gatos encontrados com a ajuda do Pupz.
Como funciona o app?
O recurso foi desenvolvido por Carlos Fabbro, que se inspirou na Channel, sua Golden Retriever, para criar o aplicativo e sua empresa especializada em produtos para garantir a segurança dos animais, como coleiras, peitorais e tags para identificação.
“Nós levamos anos para desenvolver esse aplicativo, que por meio da inteligência artificial consegue ligar os pontos da face do animal para identificá-lo. Para isso, nós utilizamos três redes neurais convolucionais, uma classe aplicada com sucesso no processamento e análise de imagens digitais, e que é a base para o reconhecimento facial dos pets em nosso sistema”, explica Fabbro.
Para utilizar o mecanismo, basta fazer o download, efetuar o login com a conta do Google, Facebook ou e-mail, e adicionar o cadastro, que reúne todos os dados do animal em prontuários (que podem ser acessados por chips instalados nas coleiras).
Além disso, é preciso agregar fotos da face e do focinho do pet para que o app ative o reconhecimento. Se o cão ou gato cadastrado no sistema se perder, quem encontrá-lo na rua poderá tirar uma foto do focinho e subir no aplicativo.
Assim, a rede neural realiza a biometria facial, que acusa que ele está perdido e indica quem é o tutor. Daí para a frente, abre-se um chat privado entre a pessoa que encontrou e o tutor — as informações são criptografadas.