Por Estadão Conteúdo
A Moderna, farmacêutica americana que desenvolveu uma das vacinas contra a covid-19 atualmente em uso nos Estados Unidos e em outros países, afirmou nesta segunda-feira, 20, que o imunizante aumentou a proteção contra a variante Ômicron do coronavírus, segundo testes clínicos realizados pela companhia.
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De acordo com a Moderna, pacientes que tomaram o regime padrão de duas doses da vacina apresentavam baixo nível de anticorpos nos estudos que envolveram a Ômicron.
No 29º dia após a aplicação da terceira dose – ou “dose de reforço” – o mesmo grupo de voluntários apresentou melhora no grau de proteção, o suficiente para que a empresa mantenha a sua vacina atual como a “primeira linha de defesa” contra a nova cepa.
A Moderna, porém, não descartou a fabricação de uma nova vacina para lidar com a variante.
“Dada a ameaça de longo prazo demonstrada pelo escape imunológico da Ômicron, a Moderna também continuará a desenvolver uma vacina específica para a cepa”, disse a empresa, que espera avançar em testes clínicos sobre um novo imunizante no início de 2022.
A vacina da Moderna usa tecnologia de RNA mensageiro, similar à da Pfizer. Ambas as empresas são americanas e seus imunizantes estão sendo usados para aplicação de terceira dose em locais como EUA e Europa.
No Brasil, onde estão em uso três vacinas (Pfizer, Janssen, AstraZeneca/FioCruz e Sinovac/Butantan), a terceira dose também começou a ser aplicada, a começar pelos grupos que tomaram a segunda dose há mais tempo.
No último fim de semana, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou que o prazo para tomar a terceira dose caiu de cinco para quatro meses após a segunda dose.
O Brasil chegou a 66% da população considerada completamente vacinada, isto é, com duas doses ou com dose única da Janssen.