O sentimento de abandono pelos mais de 68 mil advogados inscritos na Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil é latente e dá sinais de que a “Velha Ordem” está com dias contados.
Nesse cenário de insatisfação, o advogado Guilherme Campelo, do Movimento InovOAB, vem ganhando a adesão à sua pré-candidatura para presidente da Ordem por defender uma gestão mais próxima da categoria.
Além de ser um ferrenho defensor da redução da taxa de anuidade, Campelo propõe que os advogados passem a dispor de locais com mais estrutura e que atendam a necessidade dos profissionais nos fóruns.
“Não dá para entender o porquê que a OAB/ DF não tem esse olhar mais atencioso para o profissional que atua no dia a dia dos tribunais. Esse seria o verdadeiro papel da Ordem, cuidar da classe como um todo e não servir a poucos”, aponta Campelo.
Para Guilherme Campelo, os dois grupos que sempre polarizaram a disputa pelo comando da OAB/DF buscam atuar conforme os interesses pessoais de seus dirigentes.
“A nossa OAB não pode ser usada como instrumento político de seus dirigentes. A Ordem não é um partido político. Não dá para ficar calado vendo inúmeros colegas de profissão passando necessidade nesse tempo de pandemia e a OAB promovendo jantares para políticos”, esbraveja Guilherme.
Outra proposta do pré-candidato é estimular e despertar o interesse dos novos advogados em querer participar das ações da OAB/DF. Segundo Campelo, os recém-inscritos não se sentem acolhidos e ficam distantes.
“Atualmente, é consenso entre nós advogados do DF que Ordem está muito longe do que gostaríamos que fosse. O advogado, hoje, não se sente mais representado pela OAB, principalmente, os mais jovens”, afirma.
Guilherme Campelo quer dar mais autonomia às 13 subseções da OAB/DF. “Os presidentes dessas subseções não têm liberdade para fazer nada. Tudo ele tem que pedir ou se reportar ao presidente. Quem sabe o que está acontecendo em sua região são eles e não quem está lá do outro lado da cidade”, ressalta.
O advogado disse que não medirá esforços para que a OAB volte a ser vista como uma entidade séria.
“A OAB não foi criada para fazer política e sim para zelar pela dignidade, independência, prerrogativas e valorização da advocacia. É isso que queremos resgatar”, enfatiza Guilherme Campelo.