• 24/11/2024

É verdade que crianças que dormem mais crescem mais?

Assim como a música “comer, comer para poder crescer” é um clássico, mas outro conselho que ouvimos bastante como pais é que as crianças devem ter bastante tempo de sono para conseguirem chegar à estatura esperada para a idade.

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De fato, como explica a neuropediatra pela UNIFESP Renata Gobetti, essa relação entre o descanso e como o filho irá se desenvolver não pode ser ignorada. “O sono desempenha um papel fundamental, tanto no crescimento quanto no desenvolvimento”, diz.

Isso sem falar da ação hormonal envolvida no processo, já que o pico do hormônio GH, conhecido como “hormônio de crescimento”, ocorre durante a noite, principalmente durante a fase de sono profundo. “Então se não há um sono de qualidade, a altura esperada para esse indivíduo pode não ser atingida“, afirma a médica.

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Qualidade ou quantidade?

De fato, por ser contínuo e dinâmico, o sono sofre grandes transformações durante a infância, assim como a quantidade de horas recomendada para cada idade. ” Claro que existe uma variabilidade individual, mas tanto o sono de mais quanto o de menos podem ser prejudiciais, então os pais devem conversar com o médico da criança e estar atentos a isso”, indica Renata.

E apesar do tempo de sono desempenhar um papel importante, a especialista pontua que para um crescimento adequado não podemos deixar de priorizar a qualidade deste sono e o quanto ele é suficiente para o pequeno.

“Já existem vários estudos comprovando os efeitos deletérios que a privação de sono pode ter em uma criança, em seu desenvolvimento cognitivo, consolidação da memória, regulação do humor, além dos possíveis impactos na saúde, como predisposição à obesidade”, pontua.

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Ok, mas como saber a quantidade de sono suficiente?

De acordo com Renata, existe ume média de horas indicada para cada idade:

  • Um aos três anos: varia de 11 a 14 horas – incluindo uma a três horas de soneca;
  • Dos três ao cinco anos: varia de 10 a 13 horas diárias.

As recomendações dizem respeito ao que é “básico” para a faixa etária, mas não necessariamente reflete a necessidade individual da criança, que pode ser avaliada notando alguns sinais do dia a dia. “Se uma criança dorme mais nos fins de semana, isso significa que ela precisa dormir mais nos dias de semana”, exemplifica. ” Acordar espontaneamente pela manhã (sem despertadores ou chamada pelos pais) também é um bom indicador de sono suficiente”, complementa.

É possível observar também como está a disposição do pequeno ao longo do dia, bem como seu estado de humor – comportamento hiperativo ou irritadiço, segundo a doutora, podem ser sinais de sono insuficiente.

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O que mais influencia o crescimento na infância

Dormir pode até estar ligado ao crescimento na infância, mas outros fatores também entram na balança – e por isso, nem sempre um sono de qualidade garante que a criança chegará à estatura adequada. “O crescimento ocorre como resultado de uma complexa interação entre diversos fatores – sociais, genéticos, ambientais, condições de saúde e de higiene, etc”, esclarece a neuropediatra.

“Todo ser humano nasce com um potencial genético de crescimento, que poderá ou não ser alcançado de acordo com as condições de vida às quais esse indivíduo será exposto”, complementa. Na dúvida, o pediatra poderá acompanhar o caso ou indicar um especialista, combinado?

(Bebe.com)

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