O alerta vermelho acendeu na China com novos focos de coronavírus, causados principalmente pela propagação da variante delta. Apontada como um dos principais epicentro da crise, a cidade de Nanquim, antiga capital do país, foi cercada por barreiras militares — o objetivo é testar todas as pessoas que queiram entrar no complexo urbano. Ao mesmo tempo, a população está sendo aconselhada a não viajar. Todos os voos foram suspensos.
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O número de casos começou a aumentar em meados de julho, quando vários trabalhadores do aeroporto local testaram positivo para a covid. Nos últimos dez dias, mais de 170 pessoas foram diagnosticadas com o vírus. Apenas na última quarta, 28, a cidade registrou 49 novos casos. Um mapeamento das zonas com maior incidência de casos permitiu a classificação em quatro áreas de alto risco para a covid e 42 de risco médio, de acordo com a central municipal de prevenção e controle do coronavírus.
A estratégia para controlar a transmissão da variante delta, considerada mais contagiosa do que as cepas originais, tem sido a testagem em massa, rígidas regras de isolamento social, aceleração da campanha de vacinação e uso de máscara.
O rastreamento de casos é outro importante pilar dessa abordagem. Segundo as autoridades locais, ao menos parte das pessoas infectadas recentemente estiveram em um mega show no dia 22 de julho em Zhangjiajie, no qual as regras de distanciamento social não foram seguidas. Boa parte do público, formado por 2.000 pessoas, passou pelo aeroporto de Nanquim.
Nanquim, com 9,3 milhões de habitantes, é um dos principais polos industriais e de transportes do país. Também é sede de diversas universidades e importantes centros de pesquisa. A cidade também chama a atenção do ponto de vista histórico, por ter sido quatro vezes capital de impérios locais. Ainda há vestígios do antigo palácio da dinastia Ming e as tumbas de seus antigos imperadores.
(Portal Exame)