A combinação da primeira dose da vacina contra covid-19 da AstraZeneca e segunda dose da Pfizeraumentou os níveis de anticorpos neutralizantes em seis vezes em comparação com duas doses da AstraZeneca, mostrou estudo realizado na Coreia do Sul.
O estudo divulgado nesta segunda-feira, 26, contou com 499 voluntários – todos profissionais de saúde. Cerca de 100 pessoas receberam a combinação das vacinas, 200 receberam as duas doses da Pfizer e 199 foram imunizados com duas injeções da AstraZeneca.
Todos os voluntários apresentaram anticorpos neutralizantes, que impedem o vírus de entrar nas células e se replicar, e o resultado do esquema misto de vacinas mostrou quantidades semelhantes de anticorpos neutralizantes encontrados no grupo de pessoas que receberam duas doses da Pfizer.
Um estudo britânico divulgado no mês de junho mostrou resultados semelhantes da pesquisa coreana – uma dose da AstraZeneca seguida pela Pfizer produziu as melhores respostas das células T e uma resposta de anticorpos mais alta do que a da Pfizer seguida pela AstraZeneca.
Os dados fornecem mais suporte para a decisão de estados brasileiros e do Ministério da Saúde de oferecer a segunda dose da Pfizer para gestantes que formam vacinadas com AstraZeneca. Na última semana, a pasta recomendou que gravidas e purpúreas poderiam tomar a segunda dose da Pfizer. O estado do Rio de Janeiro já estava vacinando o grupo desta forma e São Paulo irá iniciar a partir desta terça-feira, 27.
A Agência Coreana de Controle e Prevenção de Doenças (KDCA) informou que a pesquisa também analisou a ação neutralizante das vacinas contra as variantes do novo coronavírus. Nenhum dos grupos demonstrou atividade neutralizante reduzida contra a variante Alfa. Porém, contra as variantes eta, Gama e Delta a atividade neutralizante foi diminuiu de 2,5 a 6 vezes.
Outro estudo publicado na revista cientifica New England Journal of Medicine e revisado por pares, apontou que duas doses da AstraZeneca ou da Pfizer são eficazes contra a variante Delta. A variante identificada pela primeira vez na Índia é a mais transmissível das linhagens já catalogadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mas não há dados que indiquem que ela provoque casos mais graves de covid-19.
(Reuters)