• 22/11/2024

Coronavac é 71% efetiva contra mortes, inclusive entre idosos

A Coronavac tem alta efetividade contra mortes por covid-19 mesmo entre idosos e em locais em que a variante Gama (P.1) é predominante, indica estudo que analisou dados de pacientes com 70 anos ou mais. Nesse grupo, a proteção do imunizante contra óbitos foi de 71,4%. A pesquisa também sugere que a efetividade da Coronavac pode cair entre os idosos com 80 anos ou mais – esses dados, no entanto, são preliminares.

Veja também

CDC defende uso da vacina da J&J mesmo com relatos de efeitos neurológicos

O estudo é do grupo Vebra Covid-19, que reúne pesquisadores brasileiros e estrangeiros de instituições como Fiocruz, Incor e Instituto Global de Saúde de Barcelona para avaliar a efetividade das vacinas em uso no Brasil. Ele foi publicado na plataforma MedRxiv na quarta e ainda está na fase pré-print – não foi revisado por pares.

Leia também   Mega-Sena deste sábado deve pagar prêmio de R$ 14 milhões

Segundo o estudo, com 43 mil pessoas em São Paulo, embora a proteção média nesse grupo populacional seja de 71,4% contra mortes, ela varia de 87,1% (no grupo de 75 a 79 anos) a 49,9% (80 anos ou mais). Os índices referem-se a pessoas já imunizadas há mais de 14 dias com a 2 dose da vacina.

Esse dado, embora sugira queda de proteção com a idade, não tem precisão e não deve gerar pânico nem ser usado como argumento para a defesa de revacinação, explicou ao Estadão um dos autores do estudo, o infectologista Julio Croda, da Fiocruz. “Até 79 anos, a efetividade da vacina foi excelente. A queda ocorreu a partir dos 80 anos, em uma população que já responde mal a qualquer vacina.

Leia também   Vôlei de Praia: campeão olímpico Bruno Schmidt anuncia aposentadoria

Podemos afirmar que a queda de efetividade mostra uma tendência, mas não podemos ser categóricos que esse índice é o correto porque os números não têm poder estatístico”, disse.

Outros especialistas destacam que a queda de proteção entre idosos mais velhos é esperada e não justifica dose de reforço nesse público hoje. “O importante agora é vacinar toda a população com ao menos uma dose”, diz Rosana Richtmann, da Sociedade Brasileira de Infectologia. Questionado sobre a efetividade da Coronavac em idosos e a possibilidade de dose de reforço, o Ministério da Saúde disse que “não há evidência científica” que confirme a necessidade de dose adicional. O Instituto Butantan não comentou.

Leia também   DF: maior favela do Brasil deve receber instituto federal em um ano

(Estadão Conteúdo)

Read Previous

As tecnologias por trás da Olimpíada 2021

Read Next

Mutirão começa com 50 mil primeiras doses disponíveis