A inflação, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), aumentou 8% nos últimos 12 meses. Em maio, o índice ficou em 0,83% e foi o maior para o mês em 25 anos. Dos itens que entram na conta da inflação, o que mais aumentou foi a energia elétrica. A conta de luz ficou 5,73% mais cara no período.
O grande fator que influenciou essa alta é a crise hídrica que o Brasil está vivendo. É a maior do País em 90 anos. Esta crise afeta diretamente os reservatórios das usinas hidrelétricas e, como consequência, as usinas termelétricas estão sendo acionadas para suprir a queda da oferta. Assim, o custo da geração fica maior e o preço é repassado para o bolso do consumidor.
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) possui um sistema de aumento da cobrança da conta de luz, as chamadas Bandeiras Tarifárias, que funcionam de acordo com o nível dos reservatórios. Se o nível de água piora, como é o caso atual, a bandeira muda de patamar e são cobradas taxas extras na conta.
São quatro bandeiras de cobrança: a verde, amarela e vermelha. Essa última é dividida em dois patamares. Hoje, estamos na bandeira vermelha patamar 2, o nível máximo de taxa extra feita aos consumidores. Este sistema adotado pela Aneel tem como objetivo incentivar as pessoas a gastarem menos.
No episódio desta quarta-feira, 7, do Exame Agora,especialistas explicam o que fez a conta de luz pesar tanto no bolso dos consumidores e na inflação, qual é a perspectiva para novos aumentos e dicas de como economizar enquanto a tarifa não reduzir. Ouça o episódio completo no link abaixo:
(Portal Exame)