• 12/05/2024

Lula flerta com FHC, mas militâncias rechaçam aproximação

O encontro entre os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luís Inácio Lula da Silva há dias atrás está dando o que falar, principalmente, entre a militância petista e tucana.

Veja também

Política Câmara aprova aumento da pena mínima para feminicídio

Os dois líderes são expoentes e estrelas de seus partidos. Há quem diga que um se espelha no outro desde os tempos em que marcharam juntos contra o regime militar nos anos 70 e 80.

A reunião promovida por um ex-ministro de ambos, o advogado Nelson Jobim, acontece após FHC ter afirmado que votaria em Lula se fosse preciso para derrotar Bolsonaro.

Leia também   Usuários relatam instabilidade no Instagram nesta quinta

O ex-presidente tucano teve que vir a público explicar de que forma e em qual situação ele votaria no petista, pois seus correligionários não gostaram de sua declaração. Mesmo assim, aliados de FHC ligaram o alerta para essa aparente aproximação.

Já do lado petista, Lula e parte da cúpula do partido gostaram do alvoroço provocado pelo encontro. No entanto, a militância do PT sinaliza que uma possível aliança não será bem-vinda e não terá o apoio desejado.

Os mais entusiastas chegaram a cogitar uma chapa composta pelos dois, porém, a história e a trajetória política de ambos não permitem que se unam nesse sentido.

Leia também   Câmara aprova MP do novo salário mínimo de R$ 1.100

No mundo político, líderes de outras legendas se manifestaram sobre o encontro. A grande maioria viu com bons olhos a conversa entre FHC e Lula.

Já o presidente Bolsonaro (sem partido) demonstrou que ficou incomodado com o encontro e atacou seus opositores.

Sem citar nomes, o presidente chegou a dizer que para o ano que vem já tinha uma chapa composta por um “ladrão” e um “vagabundo”.

Se uma simples reunião causou toda essa confusão, imagina se eles realmente estivessem juntos em 2022?

Como a repercussão do encontro não agradou as militâncias, é praticamente impossível que Lula e FHC subam no mesmo palanque no ano vem.

Leia também   Como prorrogar o auxílio emergencial pode devolver 45% dos gastos à União

Porém, se o tucano declarar “isoladamente” seu apoio ao petista, muitos o acompanharão e ele ajudará a eleger o histórico adversário.

Esse encontro nos faz lembrar a frase do político mineiro Magalhães Pinto que dizia que “política é como nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou”.

Ou seja, ainda tem muita coisa para acontecer até o início da campanha de 2022. Até lá, só nos resta acompanhar.

(Expressão Brasiliense)

Read Previous

Fiocruz: Aumento de síndrome respiratória indica possível piora da covid

Read Next

GDF compra mais de 63 mil cestas verdes da agricultura familiar