• 04/05/2024

‘Disque Combate à Corrupção 181’: canal de denúncia pioneiro no país já contabiliza 14 operações policiais

Criado pelo governador Ronaldo Caiado em novembro de 2019, telefone 181 registrou 31 denúncias nesse período e se tornou forte aliado no embate contra o chamado crime de colarinho branco

“Não existe crime impune em Goiás”, destaca o Ronaldo Caiado em todas as instâncias da segurança pública, especialmente numa área em que nenhuma outra gestão atuou: o crime de colarinho branco. Prova disso é o Disque Combate à Corrupção, lançado em novembro de 2019. De lá pra cá, o serviço registrou 31 denúncias, sendo que 14 delas contribuíram para a realização de operações policiais.

“Oferecemos tranquilidade para que os goianos denunciem de forma anônima e, assim, nossos policiais cumpram seu papel”, destaca o governador Ronaldo Caiado. O titular da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP), Rodney Mirada, completa: “Trata-se de mais um canal para que a sociedade nos ajude a descobrir quem esteja se beneficiando ilegalmente de recursos públicos. Nossa meta é ter a população como parceira nessa luta”, ressalta.

Sobre as informações coletadas até o momento por meio do telefone 181, o superintendente de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado, Alexandre Pinto Lourenço, explica que todas são checadas no âmbito da Polícia Civil, a responsável pela ferramenta. “A questão é que algumas investigações ainda estão em andamento e outras estão por vir”, diz. “Essas 14 representam aquelas que vieram com narração substancial e já resultaram em ações concretas”, completa, referindo-se às operações já deflagradas pelas forças policiais.

Leia também   Policiais de Goiás apreendem mais de 100 toneladas de drogas

Como exemplo, ele cita as operações “Cegueira Deliberada” e “Metástase”. Enquanto a primeira apurou desvios de recursos envolvendo o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-GO) e uma empresa responsável pela vistoria veicular, a outra colocou na mira do então Grupo Especial de Combate à Corrupção (Geccor) negociações ilícitas entre o Instituto de Assistência dos Servidores do Estado de Goiás (Ipasgo) e um instituto médico responsável por tratamento oncológico. Em ambos os casos, os crimes foram praticados durante a gestão estadual passada.

O superintendente afirma que a filosofia de acabar com a impunidade na corrupção foi embrionada na administração do governador Ronaldo Caiado. Antes mesmo da criação da superintendência que lidera, durante a reforma administrativa de 2019, a atuação dessa frente estava prevista no escopo da SSP-GO, comandada por Rodney Miranda. “A superintendência nasce com a missão de fazer a interlocução com as diversas delegacias que combatem a corrupção, no sentido de dar mais fluência ao trabalho, e também com órgãos públicos, como os tribunais de contas da União (TCU) e do Estado (TCE); e as controladorias-gerais da União (CGU) e do Estado (CGE)”, detalha.

Leia também   Senado aprova proteção a trabalhadoras gestantes durante pandemia

Entre as especializadas sob o guarda-chuva da superintendência estão as delegacias de Investigação Criminal (Deic), de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), de Repressão a Crimes contra a Administração Pública (Decarp), de Repressão a Crimes contra a Ordem Tributária (DOT), e a de Combate à Corrupção (Deccor), a mais recente delas, que substituiu o Geccor em novembro do ano passado, durante o mesmo ato que criou o Disque Combate à Corrupção 181.

A ferramenta implantada em Goiás foi pioneira em todo país. Serviu como inspiração para outros Estados, tendo precedido também a mesma iniciativa lançada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. As denúncias sobre os atos de corrupção podem ser feitas por meio do telefone 181, entre 6h e meia-noite, de segunda a segunda-feira, inclusive aos feriados. Atualmente oito pessoas trabalham no setor de atendimento.

Leia também   Justiça arquiva ação de Maria do Rosário contra Jair Bolsonaro

Parceria

Um dos nortes da política de segurança pública em Goiás, a integração entre diversos atores da esfera social faz parte da rotina da Superintendência de Combate à Corrupção. Termos de cooperação já foram firmados com a CGE e com o TCE, respectivamente em 2019 e 2020, e estão previstos mais dois para breve: um com a CGU e outro que amplia ainda mais o compartilhamento de informações já existente com a Polícia Federal.

“Essas parcerias são fundamentais para dar celeridade e qualificar as provas documentais”, explica Alexandre Lourenço. Como o volume de informações a ser analisado em crimes de corrupção é muito grande e técnico, demandando a averiguação de contratos públicos, entre outros, os convênios com órgãos de controle conseguem viabilizar a participação de profissionais de tecnologia da informação (TI), contadores e economistas no trabalho de investigação, conclui o superintendente.

(Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás)

Read Previous

Como cuidar do cabelo no verão corretamente e evitar fios ressecados

Read Next

Vacinas podem ser exportadas a todos países, diz presidente da fabricante indiana de imunizante da AstraZeneca