• 06/05/2024

Vacina contra coronavírus: empresa anuncia que testes indicaram 90% de proteção

Vacina da Pfizer e da BioNTech usa abordagem experimental, de parte do código genético do vírus de modo a treinar o sistema imunológico; fabricantes afirmam que serão capazes de prover 50 milhões de doses ao final deste ano e 1,3 bilhão até o fim de 2021.

Uma das vacinas sendo testadas contra o coronavírus é, segundo uma análise preliminar de seus idealizadores, capaz de prevenir que mais de 90% das pessoas desenvolvam a covid-19.

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As fabricantes Pfizer e BioNTech descreveram a novidade nesta segunda-feira (9/11) como um “grande dia para a ciência e para a humanidade”.

A vacina foi testada em 43,5 mil pessoas de seis países e, em setembro, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou que seus testes clínicos fossem ampliados no Brasil, de mil para dois mil testes em voluntários.

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Segundo as fabricantes, nenhum problema de segurança na vacina foi levantado até o momento.

As empresas planejam solicitar, até o final deste mês, uma aprovação emergencial para uso da vacina, na expectativa de que a imunização ajude os países a reduzir as medidas de restrição de circulação em vigor.

Há cerca de uma dúzia de vacinas contra a covid-19 nas fases finais de testagem (chamadas de fase 3), mas essa é a primeira a apresentar resultados efetivos relacionados à prevenção. No Brasil, outra vacina em desenvolvimento, a CoronaVac, pelo Instituto Butantan, está justamente na etapa de investigar se ela é capaz de proteger contra a covid-19, depois de testes prévios terem indicado que ela é segura.

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A vacina da Pfizer é diferente porque usa uma abordagem completamente experimental: envolve injetar parte do código genético do vírus de modo a treinar o sistema imunológico do indivíduo.

Testes prévios apontaram que a vacina treina o corpo a fazer tanto anticorpos quanto, em outra parte do sistema imune, as chamadas células T para combater o coronavírus.

São necessárias duas doses da vacina, com três semanas de diferença entre elas. Os testes (feitos, além do Brasil, em Alemanha, EUA, Argentina, África do Sul e Turquia) apontaram uma proteção de 90% depois da segunda dose.

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No entanto, é importante destacar que ainda não se sabe qual a duração dessa imunidade.

As fabricantes afirmam que serão capazes de prover 50 milhões de doses ao final deste ano e 1,3 bilhão até o fim de 2021.

Mas há desafios logísticos importantes para isso: as vacinas precisam ser armazenadas em refrigeradores ultrafrios, a menos 80°C.

Em reação à notícia, mercados de ações globais bateram recordes de alta nesta segunda-feira, aponta a agência Reuters. Na Europa, os mercados acionários subiram em média 4%.

(BBC News Brasil)

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