• 29 de março de 2024

Menino nasce com apenas 2% do cérebro e sobrevive

Quando receberam a notícia de que o filho nasceria sem cérebro, Shelley e Rob Wall foram aconselhados a interromper a gravidez. Os pais de Noah Wall, que hoje tem 7 anos, resolveram desafiar as probabilidades e investir na vida do filho.

Quando nasceu, o menino tinha apenas 2% do cérebro. Três anos depois, após Noah ser submetido a diversos tratamentos na Inglaterra e na Austrália, o órgão da criança havia crescido 80%.

O garoto foi diagnosticado com espinha bífida, um defeito congênito que ocorre quando os ossos da coluna não se formam completamente, além de hidrocefalia, quando há acúmulo de líquido nas cavidades internas do cérebro.

Os médicos submeteram o menino a um procedimento para drenar o excesso de líquido e aliviar a pressão no tecido cerebral. O primeiro exame pós-parto, contudo, revelou que Noah tinha apenas 2% de seu cérebro. Gregory Scott, pesquisador de neurociências do Imperial College de Londres e médico que atendeu a criança, disse em entrevistas que, apesar disso, o menino era capaz de comer, respirar e beber porque seu tronco cerebral estava intacto.

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Aos três anos, Noah fez uma segunda varredura de exames. Dessa vez, as análises revelaram que seu cérebro havia crescido e tinha quase 80% do tamanho de um órgão normal. Gregory Scott disse que o procedimento para remoção do fluído pode ter ajudado a abrir espaço para o cérebro de Noah crescer. Os médicos admitem, contudo, que não sabem explicar como ou porquê o cérebro da criança cresceu.

Na Austrália, o garoto foi submetido a tratamento de neurofísica, uma mistura de fisioterapia e exercícios cognitivos. Ele foi tratado em um centro radical de treinamento cerebral, onde os pacientes recebem ajuda para aprender a andar, sentar e até surfar.

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A história de Noah Wall é contada no documentário Miracle Child, gravado quando ele estava com quatro anos de idade. Atualmente, Noah tem sete anos e pratica exercícios de treinamento cerebral em que recebe informações físicas e mentais, como exercícios de matemática e leitura, para estimulá-lo.

Apesar de ter o córtex cerebral, área associada à memória e concentração, severamente comprometido, Noah já escreve o próprio nome sozinho e lê algumas frases. O menino também consegue manejar sem dificuldade seu tablet. De acordo com o médico Gregory Scott, o caso do garoto mostra o quanto ainda não se sabe sobre neuroplasticidade, a flexibilidade cognitiva do cérebro.

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Mesmo progredindo, Noah ainda está paralisado da cintura para baixo devido à espinha bífida. Os médicos ainda não sabem se o menino um dia conseguirá andar, mas os pais já procuram alternativas, como equipamentos especiais de ginástica para fortalecer as pernas da criança. Por enquanto, ele pode levantar uma das pernas e mover o dedão do pé quando se concentra.

(Metrópoles)

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