• 19/04/2024

A cor do seu prato tem tudo a ver com sua pele e nós explicamos o porquê!

Coma o arco-íris”. Provavelmente, você já ouviu essa frase, não é mesmo? Mas, se essa orientação já era importante para manter a saúde do organismo como um todo, agora é cada vez mais comprovado que ela também serve para preservar a beleza da pele!

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Marcella Garcez, médica nutróloga, explica que algumas teorias relacionam as cores dos alimentos com energias específicas, que, por sua vez, seriam capazes de estimular e equilibrar o organismo.

E apesar de tais estudos ainda estarem no campo das suposições, Marcella, que também é diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia, observa que “fundamentalmente uma dieta variada e colorida é benéfica ao organismo, porque as cores ou pigmentos dos alimentos devem-se à presença de determinados fitonutrientes, que têm papel importante na prevenção de doenças e manutenção da saúde, inclusive da pele”.

Já a médica dermatologista Patrícia Mafra lembra que condições crônicas de pele, como eczema e psoríase, podem se beneficiar de mudanças na dieta. “E, mesmo se você tiver a pele relativamente limpa, uma dieta rica em gordura, alimentos processados, açúcar e álcool pode causar inflamação, inchaço e desidratação, acelerando também o envelhecimento cutâneo”, ela acrescenta.

Segundo ambas especialistas, a nutrição é uma maneira natural de melhorar sua saúde geral. Portanto, ambas recomendam comer uma variedade de alimentos inteiros não processados em seus estados mais naturais. “O consumo de frutas, vegetais, feijão e grãos inteiros dá ao corpo e à pele um aumento de vitaminas, minerais e antioxidantes que ajudam a manter uma saúde ótima”, diz Patrícia.

Mas qual o impacto que a cor específica de cada um dos alimentos pode ter na saúde da pele? Abaixo, as médicas explicaram ao Alto Astral! Confira:

Laranja

Algumas opções de alimentos alaranjados são cenouras, abóboras, pimentões, pêssegos, damascos, mamão e laranja.

“Os alimentos alaranjados contêm um carotenóide antioxidante, o betacaroteno, e quanto mais cor de laranja for um alimento, maior a concentração de betacaroteno, o que significa um maior poder antioxidante e propriedades de saúde, como fotoproteção oral, redução do risco de alguns tipos de câncer e cardiopatias”, destaca Marcella.

Além disso, Patrícia lembra que “muitos deles também contêm Vitamina C, um cofator para a produção de colágeno”.

Vermelho

“Os alimentos vermelhos são ricos em poderosos antioxidantes como o resveratrol, o licopeno, a betaciclina e outros flavonoides com inúmeras propriedades de saúde reconhecidas como atividades anti-inflamatória e antineoplásicas”, explica Marcella.

Patrícia complementa afirmando ainda que os alimentos vermelhos costumam também ser ricos em antioxidantes, reforçando nossa defesa contra o envelhecimento cutâneo e os danos causados pelo sol e fatores ambientais. Além disso, iguarias vermelhas como a melancia, por exemplo, podem ser 90% aquosas, o que ajuda a manter o corpo e a pele hidratados.

São exemplos de alimentos vermelhos (e saudáveis) os morangos, framboesas, mirtilos, amoras, ameixas, uvas passas, beterraba, groselha negra, melancia, acerola, cebola vermelha, rabanete e tomate.

Verde

Há uma razão pela qual os smoothies verdes são tão populares. “Um poderoso antioxidante, a clorofila torna as plantas verdes. Comer alimentos verdes promove a desintoxicação, reduz a inflamação e melhora a digestão. Alimentos como folhas verdes ajudam a melhorar a circulação e a nutrição celular, o que tem reflexos no viço e hidratação da pele”, explica Patrícia.

Dentre as opções de alimentos verdes, estão os espinafres, os pepinos, as salsas, as limas, as abobrinhas, os aspargos, as folhas verdes, os abacates, os kiwis, as maçãs verdes, os brócolis e as ervilhas. “A clorofila presente nos alimentos verdes também protege a pele devido às propriedades antivirais”, acrescenta Marcella.

Amarelo

Os alimentos amarelos são importantes para a saúde dos olhos, mas também da pele na medida em que combatem os efeitos nocivos do sol e de irritantes ambientais, segundo Patrícia.

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“Aqueles ricos no carotenoide luteína, que está presente em vários alimentos amarelados desde gema de ovos a vegetais como os pimentões amarelos, limões sicilianos, maçãs e abacaxi, ajudam a preservar o colágeno, além de auxiliar na manutenção e renovação da pele”, explica Marcella.

E mais: as curcuminas, presentes no açafrão da terra, também são pigmentos amarelos com funcionalidades antioxidantes e anti-inflamatórias. “A cúrcuma é uma especiaria que pode ajudar nas inflamações da pele, principalmente no tratamento da acne e do envelhecimento da pele”, acrescenta Patrícia.

Azul e roxo

Se não há azul ou roxo no seu prato, é hora de começar a incluir essas cores na sua dieta! Afinal, alimentos com tais cores são ricos em fitonutrientes, incluindo antocianinas, polifenois e resveratrol, como explica Patrícia.

“O resveratrol retarda os sinais de envelhecimento, tem alto poder antioxidante e anti-inflamatório. Ele estimula a expressão de sirtuínas e protege os telômeros, que são estruturas de DNA que, a cada replicação das células, se encurtam. Cientistas atribuem a isso o envelhecimento. O resveratrol é apontado como uma substância que aumenta a telomerase, uma enzima que protege os telômeros”, comenta a dermatologista.

Além disso, Marcella observa que alimentos como amoras, amora silvestre, uvas vermelhas (roxas), repolho vermelho (roxo), berinjela, ameixas e figos também são ricos em flavonoides, que combatem os radicais livres, protegendo contra danos celulares e mantendo sua aparência mais jovem. “Quanto a doenças crônicas da pele, esses alimentos podem reduzir a resposta inflamatória do corpo e promover a desintoxicação”, explica.

Branco

Alimentos brancos às vezes têm uma má reputação por serem ricos em amido e carboidratos, mas cebola, alho, couve-flor e cogumelos, por exemplo, têm uma série de benefícios à saúde. “Cebola e alho contém compostos antioxidantes chamados polifenóis, que podem ajudar a controlar a inflamação crônica e aumentar a imunidade”, diz Marcella.

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Segundo Patrícia, alimentos ricos em ômega-3, zinco e vitamina E são excelentes para manter uma boa pele. “O ômega-3 ajuda a manter a pele flexível e hidratada, protegendo contra a pele seca, acne e os raios ultravioleta do sol. As gorduras ômega-3 e o zinco reduzem a inflamação enquanto promovem a renovação das células da pele e uma barreira para a pele saudável. E a vitamina E protege a pele dos danos oxidativos”, explica.

Por fim, Marcella destaca que esse tipo de gordura boa pode ser encontrado em peixes como salmão e atum, nozes, azeite de oliva, abacate, sementes de girassol e de abóbora. “Beber bastante água também é importante para uma boa pele. Como maior órgão do corpo, a pele precisa de água para ajudar a transportar a umidade para a camada mais externa, fornecer nutrientes e eliminar toxinas”, a nutróloga ainda afirma.

Atenção!

Quanto às recomendações de alimentos para tomar cuidado, o ideal é limitar aqueles com alto teor de gordura saturada, açúcar, conservantes e ingredientes artificiais que você não consegue pronunciar. “Uma dieta saudável melhora a saúde geral e uma dieta pobre contribui para a inflamação. As alergias e intolerâncias alimentares geralmente se manifestam como erupções cutâneas e coceira na pele”, explica Marcella.

Patrícia também observa que estar atento ao que você come pode ajudar a controlar a acne, o eczema e outras doenças de pele. “Estudos mostram que alimentos ricos em açúcar, gorduras trans e ingredientes artificiais podem exacerbar os sintomas para quem sofre de eczema. E sabe-se que condições crônicas como a psoríase melhoram com uma dieta anti-inflamatória”, finaliza a médica dermatologista.

Fontes: Marcella Garcez, médica nutróloga, é mestre em Ciências da Saúde pela Escola de Medicina da PUCPR, diretora da Associação Brasileira de Nutrologia e docente do Curso Nacional de Nutrologia da ABRAN, e membro da Câmara Técnica de Nutrologia do CRMPR; Patrícia Mafra, médica dermatologista, membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

(Alto Astral)

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